Lindbergh Farias, de codinome Lindinho, quem diria, acaba junto com Fernando Collor de Mello na mesma lista de envolvidos no Petrolão entregue ao STF. O ex-líder dos Caras Pintadas, que ajudaram a derrubar o ex-presidente, passou a conviver com esse e agora estão unidos no assalto à Petrobras.Mas de cara pintada agora o ex-prefeito de Nova Iguaçu, que desse cargo deixou um corolário de ações judiciais, agora virou cara de pau. Sempre negando qualquer envolvimento no esquemão político, em entrevista no fim de semana, admitiu que foi à Petrobras pedir doação de campanha ao ex-diretor Paulo Roberto Costa, depois de participar de inaugurações da empresa no Rio junto com o presidente Lula.
Ou o rapaz é de uma pureza virginal, ou é pilantragem na veia. Ir ao prédio da empresa, procurar Costa, íntimo da petizada, e pedir indicação de alguém da Andrade Gutierrez, é no mínimo uma confissão. "Você pode até dizer que é impróprio. Só que não é ilegal".
A confissão tem todas as digitais de intenção criminosa. O que parece desconhecer é que doação de campanha, segundo a legislação eleitoral, não é dedutível do Imposto de Renda. Portanto, é um agrado. Também como explicar legalmente que sabia da "boca do caixa" na empresa. E por que não bateu logo na Andrade Gutierrez, que poderia dar o dinheiro legalmente? Precisou de intermediação de agente conhecidíssimo de distribuição de propinas e ainda se declara o maior inocente.
"Pedi doação legal e entrei na lista de gente que fez atos bárbaros de corrupção. Isso pode estar destruindo minha carreira política"Merece o nome na lista pela cretinice da frase. Quando o parafuso aperta e faz doer, os santos logo se mostram cara de bebê chorão.
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