quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

E no temporal dos bilhões...


Hoje estamos num tempo transtornado, quando reina o arbítrio e o absurdo, quando honestidade, sobretudo de parte dos grandes, tornou-se letra morta, quando os vícios são aceitos e a virtude depreciada
Erasmo de Roterdã
Seca? Que seca? Com os propinodutos jorrando bilhões, as bicas governamentais abertas, dinheiro saindo pelo ladrão, chovendo dólares nas obras governamentais, cada parlamentar aliado em Brasília custando a bagatela de R$ 749 mil, o Brasil está mais afogado pela inundação generalizada de números monetários. A tempestade desta Primavera não é de água, mas de corrupção. Estão afogando – não de hoje é claro - as instituições num lameiro.

A cada dia cai mais uma tempestade de roubalheira. Chovem escândalos novos. É preciso diariamente rezar a Santa Bárbara para evitar os raios do governo caindo sobre a população. Raios de raiva da própria incompetência, gerados na petulância, alimentado pela ganância sobre os cofres públicos.

Não há dia em que os empregadinhos governamentais não surjam com distorcidas visões colorizadas de um governo corrupto com mãos limpas. Escárnio a quem é cidadão e trabalha para pagar uma corja de sanguessugas, embriagadas de poder. Tem que aguentar governo se achando dono não apenas da terra, mas dos corpos e do dinheiro do cidadão.

Deuses do pau oco, onde guardam as fortunas surripiadas, se assentam confortavelmente no Olimpo da corrupção, blindados por seus semideuses, comprados a preço de ouro tirado do sangue dos pobres. A escória ainda é incensada como libertadora, redentora, por sacerdotes certos de que esse é o caminho, a luz e a vida. Enfim, um inferno de cretinice. Aos das elites, que são muitas, do bom e do melhor; ao resto, as sobras do pior. 

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