Apesar de escândalos de corrupção, Lincoln Secco, autor do livro "História do PT", destaca marca social deixada pelos governos Lula e Dilma.
Destaque Depois de reeleita, Dilma aumentou os juros e há
rumores de que ela vai anunciar diminuições nos gastos públicos. Se ela for por
esse caminho, vai frustrar a base que a elegeu e, ao mesmo tempo, não vai
conquistar quem votou contra ela.
Para o historiador e professor da USP, Lincoln Secco, a
tarefa não será fácil. A legenda vive, segundo ele, uma crise de identidade,
desencadeada pelos primeiros escândalos de corrupção, em 2005. Entretanto, o
estudioso ressalta a força política e social do PT, que deixou uma "marca
social profunda" em seus 12 anos de governo.
Com o mensalão, "o partido perdeu a bandeira da
ética", aponta. Entretanto, o estudioso ressalta a força política e social
do PT, que deixou uma "profunda marca" em seus 12 anos de governo.
Em entrevista, Secco também fala sobre a possibilidade de Lula se candidatar à Presidência em 2018. O historiador acredita que interessa ao PT tê-lo como "coringa". Por outro lado, considera que a presença política do ex-presidente impede que outras lideranças cresçam dentro do partido.
Depois de ter chegado ao poder e ter se transformado num partido de governo, embora tenha feito muitas concessões ao establishment, ele deixou uma marca social profunda. Se a gente fosse fazer uma comparação com reformas sociais de outros países, [a marca social do PT] nem seria muito significativa. Mas, devido ao atraso do Brasil nessa área, reformas mínimas transformaram o PT numa referência para a população mais pobre.
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