sábado, 8 de novembro de 2014

'Fim do Brasil' até teve divulgação suspensa


O analista financeiro Felipe Miranda esteve nos holofotes nos últimos meses. Sócio da Empiricus Research, Miranda fez uma análise polêmica onde cravou: o fim do Brasil estará decretado caso a presidente Dilma Rousseff seja reeleita. A afirmação não agradou e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) suspendeu a veiculação de dois vídeos promocionais criados pela consultoria que chamavam a atenção para um “iminente caos econômico”. Mais tarde, o TSE negou o pedido da coligação da presidente Dilma para multar a Empiricus Research,.

Felipe Miranda lançou recentemente o livro “O Fim do Brasil” (Escrituras), que é o mesmo de um vídeo que teve mais de 14 milhões de visualizações na internet.  Segundo Miranda, a história do Brasil, da forma como observamos hoje, tem início em julho de 1994, a partir da adoção do Plano Real, cujo resultado imediato foi a estabilização da economia. Assim, se nasce um novo Brasil a partir desse momento, cuja maturidade é atingida em 1999, esse mesmo país começa a sofrer com os resultados da nova matriz econômica.

A situação atual é preocupante: o crescimento econômico é o menor desde a Era Collor e a inflação foge do controle, mostrando que estamos prestes a voltar a condições anteriores a 1994. O atual governo erra em seu diagnóstico. Elogia a nova matriz econômica e atribui a estagflação (baixo crescimento econômico e alta inflação) ao cenário externo - tese refutada no estudo do analista. “Obviamente, sem o diagnóstico adequado, não poderemos contar com um bom prognóstico. Não bastassem os desafios em curso, o ano de 2015 sugere adversidades adicionais relevantes”.

A obra apresenta um profundo estudo sobre os últimos vinte anos do país, e foi escrito com objetivos explícitos:
• alertar para os riscos atrelados a possível endurecimento da heterodoxia na política econômica, com a nova matriz econômica levando-nos a um processo de “argentinização” do país;
• analisar a deterioração dos fundamentos macroeconômicos e o que está por vir, dedicando espaço em separado para os problemas da Petrobras e para o desarranjo do setor elétrico;
• avaliar a censura que a administração Dilma Rousseff tentou impor, às vésperas da eleição presidencial de 2014, aos analistas de mercado. Entre os maiores erros de política econômica, está certamente o esforço em prol do cerceamento de opiniões críticas, dedicando-se à tentativa de calar as vozes dissonantes;
• oferecer alternativas para o investidor e mesmo o cidadão comum protegerem seu patrimônio e de sua família diante da crise que está sendo formada - em sendo possível, não somente blindar a poupança até aqui acumulada, mas também incrementá-la;
• encerra-se com abordagem propositiva à política econômica, apresentando uma alternativa à nova matriz econômica, o caminho para a retomada da ortodoxia e, em especial, a estratégia para enfrentarmos a estagflação, retomando a via do crescimento alto com inflação baixa.

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