O analista financeiro Felipe Miranda esteve nos holofotes
nos últimos meses. Sócio da Empiricus Research, Miranda fez uma análise
polêmica onde cravou: o fim do Brasil estará decretado caso a presidente Dilma
Rousseff seja reeleita. A afirmação não agradou e o Tribunal Superior Eleitoral
(TSE) suspendeu a veiculação de dois vídeos promocionais criados pela
consultoria que chamavam a atenção para um “iminente caos econômico”. Mais
tarde, o TSE negou o pedido da coligação da presidente Dilma para multar a
Empiricus Research,.
Felipe Miranda lançou recentemente o livro “O Fim do Brasil”
(Escrituras), que é o mesmo de um vídeo que teve mais de 14 milhões de
visualizações na internet. Segundo
Miranda, a história do Brasil, da forma como observamos hoje, tem início em
julho de 1994, a partir da adoção do Plano Real, cujo resultado imediato foi a estabilização
da economia. Assim, se nasce um novo Brasil a partir desse momento, cuja
maturidade é atingida em 1999, esse mesmo país começa a sofrer com os
resultados da nova matriz econômica.
A situação atual é preocupante: o crescimento econômico é o
menor desde a Era Collor e a inflação foge do controle, mostrando que estamos
prestes a voltar a condições anteriores a 1994. O atual governo erra em seu
diagnóstico. Elogia a nova matriz econômica e atribui a estagflação (baixo
crescimento econômico e alta inflação) ao cenário externo - tese refutada no
estudo do analista. “Obviamente, sem o diagnóstico adequado, não poderemos
contar com um bom prognóstico. Não bastassem os desafios em curso, o ano de
2015 sugere adversidades adicionais relevantes”.
A obra apresenta um profundo estudo sobre os últimos vinte
anos do país, e foi escrito com objetivos explícitos:
• alertar para os riscos atrelados a possível endurecimento
da heterodoxia na política econômica, com a nova matriz econômica levando-nos a
um processo de “argentinização” do país;
• analisar a deterioração dos fundamentos macroeconômicos e
o que está por vir, dedicando espaço em separado para os problemas da Petrobras
e para o desarranjo do setor elétrico;
• avaliar a censura que a administração Dilma Rousseff
tentou impor, às vésperas da eleição presidencial de 2014, aos analistas de
mercado. Entre os maiores erros de política econômica, está certamente o
esforço em prol do cerceamento de opiniões críticas, dedicando-se à tentativa
de calar as vozes dissonantes;
• oferecer alternativas para o investidor e mesmo o cidadão
comum protegerem seu patrimônio e de sua família diante da crise que está sendo
formada - em sendo possível, não somente blindar a poupança até aqui acumulada,
mas também incrementá-la;
• encerra-se com abordagem propositiva à política econômica,
apresentando uma alternativa à nova matriz econômica, o caminho para a retomada
da ortodoxia e, em especial, a estratégia para enfrentarmos a estagflação,
retomando a via do crescimento alto com inflação baixa.
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