A Polícia Federal, independente e eficiente, não é um departamento subordinado aos interesses, caprichos e ordens da doutora Dilma Rousseff
Em primeiro lugar, amigo leitor, o governo não está apurando
nada. Ao contrário. Está sendo investigado. O juiz federal Sergio Moro não é um
contínuo do Palácio do Planalto. É representante de outro poder da República.
A Polícia Federal, independente e eficiente, não é um
departamento subordinado aos interesses, caprichos e ordens da doutora Dilma
Rousseff. O pronunciamento da presidente da República só pode ter duas
explicações: cinismo ou preocupante desligamento da realidade.
A Operação Lava-Jato vai compondo um quadro de corrupção que
arranhou gravemente a história, a saúde financeira, a marca e o futuro de um
ícone do Brasil: a Petrobrás. A atual
presidente da República não é uma espectadora passiva da tragédia. O escândalo
permeou os mandatos de Lula e estourou com força no atual governo. Dilma foi ministra
de Minas e Energia, chefe da Casa Civil e presidente do Conselho de
Administração da Petrobrás no governo Lula. A presidente da República,
conhecida por seu perfil centralizador e autoritário, não pode fazer de conta
de que está em outro planeta. Ela está, queira ou não, no olho do furacão.
Chegou a hora verdade para governantes e políticos. A
sociedade está cansada da empulhação. Os culpados pela esbórnia com dinheiro
público, independentemente da posição que ocupem na cadeia corruptora, devem
ser exemplarmente punidos. E isso não significa, nem de longe, ruptura do
processo democrático, golpismo ou incitamento à radicalização.
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