Em Portugal, quando nos pedem alguma coisa, nosso gentil e obsequioso "Pois não" significa um peremptório "Não". Já, ao ouvir algo de que duvidamos, nosso irônico "Pois sim..." significa um afirmativo "Sim". Lá, as calcinhas femininas são cuecas. As cuecas masculinas também. Por essas e outras se acredita que somos dois países separados pela mesma língua. E o dramaturgo Oscar Wilde dizia de seu colega George Bernard Shaw: "Shaw não tem um inimigo no mundo. Em compensação, nenhum de seus amigos gosta dele".
Ficou famosa a frase de Jean-Luc Godard: "A fotografia é a verdade, e o cinema é a verdade 24 vezes por segundo". Mas Godard não contava com a inteligência artificial, que tornou o cinema a mentira 24 vezes por segundo. E alguém falou outro dia do problema da segurança em São Paulo: "Latrocínio era roubo seguido de morte. Agora é morte seguida de roubo".
Um ecologista perguntou: "Pode-se acreditar que, um dia, o ar já foi limpo e o sexo, sujo?". Claudio Manoel, cardeal do ex-grupo Casseta&Planeta, definiu a nossa nova situação institucional: "Antes, os políticos eram eleitos por votos. Hoje, por devotos".
E quem não se lembra da cantilena de Bolsonaro, "Brasil acima de tudo e Deus acima de todos"? Conversa para trouxas. Com sua campanha para reduzir o Brasil a um puxadinho dos EUA com Donald Trump como síndico, Bolsonaro não demora a arrancar sua máscara de religioso e, no desespero, acusar Deus de conluio com Alexandre de Moraes.

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