sábado, 14 de outubro de 2023

Os últimos dias da morte

No século XXI, é provável que os humanos façam um lance sério para a aquisição da imortalidade. A luta contra a velhice e a morte será tão somente a continuação da luta, consagrada pelo tempo, contra a fome e a doença, e uma manifestação do valor supremo da cultura contemporânea: a valorização da vida humana. Somos constantemente lembrados de que ela é o que há de mais sagrado no universo. Todos dizem isso: professores nas escolas, políticos nos parlamentos, advogados nos tribunais e atores nos palcos de teatros. A Declaração Universal dos Direitos do Homem, adotada pela Organização das Nações Unidas (ONU) após a Segunda Guerra Mundial — e que talvez seja o que há de mais próximo que temos de uma Constituição global —, declara categoricamente que o “direito à vida” é o valor fundamental da humanidade. Por se constituir em uma clara violação desse direito, a morte é um crime contra a humanidade, e temos de travar uma guerra total contra ela.

Durante a História, religiões e ideologias não santificaram a vida em si mesma. Santificaram sempre algo que está acima ou além da existência terrena, e consequentemente foram bem tolerantes com a morte. De fato, algumas delas mostraram-se bastante afeiçoadas ao Anjo da Morte. Uma vez que o cristianismo, o islamismo e o hinduísmo insistiam que o significado de nossa existência dependia da sina no pós-vida, elas consideravam a morte como parte vital e positiva do mundo. Humanos morriam porque Deus assim decretava, e o momento de sua morte era uma experiência metafísica sagrada e repleta de significado. Quando um humano estava próximo de seu derradeiro suspiro, era hora de convocar sacerdotes, rabinos e xamãs, fazer o balanço de sua vida e assumir seu verdadeiro papel no universo. Tente imaginar o cristianismo, o islamismo ou o hinduísmo em um mundo sem mortes — o que seria também um mundo sem céu, inferno ou reencarnação.

A ciência e a cultura modernas têm uma visão totalmente diferente da vida e da morte. Não pensam nesta última como um mistério metafísico, e certamente não a veem como a fonte do sentido da vida. Na verdade, para pessoas modernas a morte é um problema técnico que pode e deve ser resolvido.

Como, exatamente, morrem os humanos? Histórias fantásticas medievais descrevem a Morte como uma figura envolvida por um manto negro com capuz, empunhando uma grande foice. Um homem vive sua vida, preocupando-se com isto e aquilo, correndo para lá e para cá, quando subitamente o Anjo da Morte surge à sua frente, bate em seu ombro com um dedo esquelético, e diz: “Venha!”. E o homem implora: “Não, por favor! Espere só um ano, um mês, um dia!”. Mas a figura encapuzada sibila: “Não! Você tem de vir AGORA !”. E é assim que morremos.


Na realidade, contudo, humanos não morrem porque uma figura envolta em um manto negro bate em seu ombro, ou porque Deus assim decretou, ou porque a mortalidade é parte essencial de algum grande plano cósmico. Humanos morrem devido a alguma falha técnica. O coração para de bombear sangue. A artéria principal entope com depósitos de gordura. Células cancerosas espalham-se no fígado. Germes multiplicam-se nos pulmões. E de quem é a responsabilidade por todas essas falhas técnicas? Outros problemas técnicos. O coração para de bombear o sangue porque não chega bastante oxigênio ao músculo cardíaco. Células cancerosas se espalham porque uma mutação genética acidental reescreve suas instruções. Germes se instalaram nos meus pulmões porque alguém espirrou no metrô. Nada metafísico. Somente problemas técnicos.

E todo problema técnico tem uma solução técnica. Não é preciso esperar pela volta de Cristo à Terra para superar a morte. Alguns nerds num laboratório podem fazer isso. Se a morte era tradicionalmente a especialidade de sacerdotes e teólogos, hoje são os engenheiros que estão assumindo o caso. As células cancerosas podem ser mortas por meio de quimioterapia ou por nanorrobôs. Os germes nos pulmões podem ser extintos com o uso de antibióticos. Se o coração parar de bater, é possível fortificá-lo com medicamentos e choques elétricos — e, se isso não funcionar, pode-se realizar o implante de um coração novo. É verdade que no momento não dispomos de solução para todos os problemas técnicos. Mas é exatamente por causa disso que investimos tanto tempo e dinheiro em pesquisas sobre o câncer, germes, a genética e a nanotecnologia.

Mesmo os leigos, que não estão envolvidos em pesquisas científicas, acostumaram-se a pensar na morte como um problema técnico. Quando uma mulher vai ao médico e pergunta “Doutor, o que há de errado comigo?”, ele poderá responder “Bem, você está com uma gripe” ou “Você tem tuberculose”, ou “Você tem câncer”. Mas nunca dirá “Você tem morte”. E é generalizada a percepção de que uma gripe, a tuberculose e o câncer são problemas técnicos, para os quais algum dia poderemos encontrar a solução técnica.

Mesmo quando pessoas morrem num furacão, num acidente de carro ou numa guerra, tendemos a tratar esse evento como uma falha técnica que poderia e deveria ter sido evitada. Se o governo tivesse adotado uma política melhor; se a municipalidade tivesse feito adequadamente seu trabalho; se o comandante militar tivesse tomado uma decisão mais sensata, a morte poderia ter sido evitada. A morte tornou-se um motivo quase automático para processos legais e investigações. “Como é possível que tenham morrido? Alguém, em algum lugar, meteu os pés pelas mãos.”

A grande maioria dos cientistas, médicos e estudiosos ainda se distancia de sonhos explícitos com a imortalidade com a alegação de que estão tentando superar este ou aquele problema específico. No entanto, como a velhice e a morte são o resultado de problemas específicos, e nada além disso, não existe um ponto no qual médicos e cientistas irão se deter e declarar: “Até aqui, e nenhum passo a mais. Já superamos a tuberculose e o câncer, mas não vamos erguer um só dedo para combater o Alzheimer. As pessoas poderão continuar a morrer desse mal”. Não se afirma na Declaração Universal dos Direitos do Homem que os humanos têm “direito à vida até os noventa anos”. O que se diz é que todo ser humano tem direito à vida. Ponto. Esse direito não é limitado por uma data de vencimento.

Consequentemente, uma minoria crescente de cientistas e pensadores está falando mais abertamente sobre o assunto hoje em dia e declara que a principal empreitada da ciência moderna é derrotar a morte e garantir aos humanos a juventude eterna. Exemplos notáveis são o gerontologista Aubrey de Grey e o polímata e inventor Ray Kurzweil (ganhador da Medalha Nacional dos Estados Unidos para Tecnologia e Inovação em 1999). Em 2012, Kurzweil foi nomeado diretor de engenharia no Google, e um ano depois o Google lançou uma subcompanhia chamada Calico, cuja missão declarada é “resolver a morte”. 
Recentemente o Google nomeou outro verdadeiro crente na imortalidade, Bill Maris, para presidir o fundo de investimentos Google Ventures. Em uma entrevista concedida em janeiro de 2015, Maris disse: “Se vocês me perguntarem hoje se é possível viver até os quinhentos anos, a resposta é sim”. Maris dá suporte a suas corajosas palavras com investimentos pesados. O Google Ventures está investindo 36% de sua carteira de 2 bilhões de dólares em start-ups na área da biociência, inclusive projetos ambiciosos relacionados com a prorrogação da vida. Empregando uma analogia com o futebol americano, Maris explicou que na luta contra a morte “não estamos tentando avançar algumas jardas. Estamos tentando ganhar o jogo”. Por quê? Porque, segundo ele, “viver é melhor do que morrer”.

Esses sonhos são compartilhados com outros luminares do Vale do Silício. O cofundador do PayPal, Peter Thiel, confessou recentemente que tem o desejo de viver para sempre. “Acredito que existem três modos de encarar [a morte]”, ele explicou. “Você pode aceitá-la, negá-la ou combatê-la. Nossa sociedade é dominada por pessoas que estão entre a negação e a aceitação; eu prefiro combatê-la.” Muitos irão rejeitar tais declarações por considerá-las fantasias de adolescentes. No entanto, Thiel deve ser levado muito a sério. Um dos mais bem-sucedidos e influentes empreendedores no Vale do Silício, possui uma fortuna pessoal estimada em 2,2 bilhões de dólares. É bem óbvio: igualdade é out — imortalidade é in.

O desenvolvimento vertiginoso de campos como a engenharia genética, a medicina regenerativa e a nanotecnologia estimulam profecias ainda mais otimistas. Alguns especialistas acreditam que os homens vão vencer a morte por volta de 2200; outros anunciam que isso acontecerá em 2100. Kurzweil e De Grey são ainda mais confiantes: eles sustentam que qualquer pessoa que tenha um corpo saudável e uma igualmente saudável conta bancária terá em 2050 uma chance séria de imortalidade, enganando a morte uma década por vez. Segundo esses dois estudiosos, a cada dez anos aproximadamente poderemos ir até uma clínica e receber um tratamento renovador que não só irá curar doenças, como também regenerar tecidos deteriorados e aumentar a eficácia de mãos, olhos e cérebro. Antes de se realizar o próximo tratamento, os médicos terão inventado uma série de novos medicamentos, atualizações e uma variedade de dispositivos. Se Kurzweil e De Grey estão certos, talvez já haja alguns imortais caminhando a seu lado na rua — ao menos se você estiver andando por Wall Street ou pela Quinta Avenida.

Na verdade, eles serão amortais, e não imortais. Ao contrário de Deus, os futuros super-homens poderão morrer em alguma guerra ou em um acidente de trânsito, e nada os trará de volta. Contudo, diferentemente de nós, mortais, suas vidas não teriam “data de vencimento”. Enquanto uma bomba não os fizer em pedaços ou um caminhão não lhes passar por cima, poderão continuar a viver indefinidamente. No entanto, é bem provável que isso fará dessas pessoas as mais ansiosas na História. Nós mortais arriscamos diariamente nossa vida porque sabemos que ela, de um jeito ou de outro, vai acabar. Assim, saímos em jornadas no Himalaia, nadamos no mar e participamos de outras ações perigosas, como atravessar a rua ou comer fora. Mas, se acreditarmos que podemos viver para sempre, seremos loucos se apostarmos com o infinito.

Será que teríamos um começo melhor se adotássemos metas mais modestas, como duplicar a expectativa de vida? No século XX , quase a duplicamos — a expectativa de vida passou de quarenta para setenta anos —; assim, no século XXI , poderíamos ao menos tornar possível uma nova duplicação e chegar aos 150. Embora esteja muito aquém da imortalidade, essa conquista iria revolucionar a sociedade humana. De saída, estrutura familiar, matrimônio e relações entre pais e filhos seriam transformados. Hoje em dia, as pessoas ainda esperam estar casadas “até que a morte as separe”, e boa parte da vida gira em torno de ter e criar filhos. Agora, tentemos imaginar uma pessoa com 150 anos de idade. Se se casasse aos quarenta, ela ainda teria 110 anos pela frente. Seria realista esperar que um casamento dure 110 anos? Até mesmo os fundamentalistas católicos veriam isso como um obstáculo. Em decorrência, a tendência atual de casamentos em série provavelmente se intensificaria. Uma pessoa que tem dois filhos aos quarenta anos terá, quando completar 120, apenas uma lembrança remota dos anos que dedicou à sua criação — um episódio menor em sua longa vida. Difícil dizer que tipo de relação pais-filhos poderia se desenvolver em tais circunstâncias.

E quanto às carreiras profissionais? Atualmente, de modo geral, estuda-se para se ter uma profissão da adolescência até pouco mais de vinte anos; depois, passa-se o resto da vida atuando nessa atividade. Obviamente existe um aprendizado mesmo quando se está com quarenta ou cinquenta anos, mas a vida costuma dividir-se em um período de aprendizagem seguido de um período de trabalho. Isso não vai funcionar se as pessoas começarem a viver até os 150 anos, sobretudo em um mundo constantemente sacudido por novas tecnologias. As carreiras serão muito mais longas e será preciso se reinventar de novo e de novo, mesmo aos noventa anos.

Ao mesmo tempo, as pessoas não vão se aposentar aos 65 anos nem vão abrir caminho para a nova geração com suas ideias inovadoras e suas aspirações. Em uma citação famosa, o físico Max Planck afirmou que a ciência avança de funeral em funeral. Ele quis dizer que somente quando uma geração desaparece é que surgem novas teorias com uma chance de erradicar as antigas. Isso se aplica não apenas às ciências. Pense por um momento em seu lugar de trabalho. Não importa se você é um acadêmico, um jornalista, um cozinheiro ou um jogador de futebol. Como você se sentiria se seu chefe tivesse 120 anos, suas ideias tivessem sido formuladas quando a rainha Vitória ainda governava, e sabendo que ele provavelmente permaneceria como seu chefe por mais algumas décadas?

Na esfera política, os resultados poderiam ser ainda mais sinistros. Você gostaria de ver Vladimir Putin circulando por aí por mais noventa anos? Pensando melhor, se as pessoas vivessem até os 150 anos, Stálin ainda estaria em Moscou, em 2016, governando firme e forte aos 138 anos, o presidente Mao estaria na meia-idade, com 123, e a princesa Elizabeth estaria esperando sentada para herdar o trono de um Jorge VI com 121 anos. Seu filho, o príncipe Charles, não chegaria a reinar antes de 2076.

De volta ao domínio da realidade: estamos muito longe de qualquer certeza de que as profecias de Kurzweil e De Grey se realizarão em 2050 ou em 2100. Minha opinião pessoal é de que as esperanças de juventude eterna no século XXI são prematuras, e quem quer que as leve demasiadamente a sério está sujeito a sofrer um amargo desapontamento. Não é fácil viver com a consciência de que vamos morrer, mas é muito pior acreditar na imortalidade e constatar que tudo se tratava de um equívoco.

Embora a duração média de vida tenha duplicado nos últimos cem anos, não é razoável extrapolar e concluir que podemos duplicá-la novamente para alcançar 150 anos no século seguinte. Em 1900, a expectativa de vida global não excedia os quarenta anos porque jovens morriam de subnutrição, doenças infecciosas e violência. Porém, quem escapava à fome, à peste e à guerra podia viver até os setenta ou oitenta anos, que é a duração de vida natural do Homo sapiens. Ao contrário do que em geral se supunha, em séculos anteriores os septuagenários não eram considerados aberrações da natureza. Galileu Galilei morreu com 77 anos, Isaac Newton com 84, e Michelangelo viveu 88 anos, sem a ajuda de antibióticos, vacinas ou transplante de órgãos. De fato, mesmo os chimpanzés na selva podem ter seis décadas de vida.

Na verdade, até o presente a medicina não prolongou o tempo de vida natural do ser humano em um ano sequer. Sua grande conquista foi nos salvar da morte prematura e permitir que usufruamos da plenitude da existência. Mesmo que o câncer, a diabetes e outros grandes assassinos possam ser vencidos, poderíamos nos estender até os noventa anos — mas isso não seria suficiente para nos levar aos 150, muito menos aos quinhentos anos. Para isso, a medicina terá não só de realizar a reengenharia das estruturas e dos processos fundamentais do corpo humano como também descobrir como regenerar órgãos e tecidos. Não está claro se seremos capazes de fazer isso até 2100.

Não obstante, toda tentativa frustrada de vencer a morte nos aproxima um passo do alvo, e isso vai nos dar esperança e encorajar esforços ainda maiores. Embora provavelmente a Calico, do Google, não vá “resolver a morte” a tempo de tornar imortais Sergey Brin e Larry Page (cofundadores do Google), decerto descobertas significativas em biologia celular, medicina genética e saúde humana serão realizadas. A próxima geração de googlers poderá iniciar seu ataque à morte a partir de posições mais recentes e mais efetivas. Os cientistas que gritam “imortalidade” são como o garoto que gritou “lobo”: mais cedo ou mais tarde, o lobo realmente aparece.

Mesmo que não conquistemos a imortalidade durante nossa existência, a guerra contra a morte ainda será o projeto emblemático do próximo século. Acrescente à nossa crença na santidade da vida humana a dinâmica do estamento científico e a esta as necessidades da economia capitalista, e a guerra implacável contra a morte parece inevitável. Nosso compromisso ideológico com a vida humana nunca permitirá que simplesmente aceitemos a morte. Enquanto a morte for motivada por alguma coisa, estaremos empenhados em superar suas causas.

O estado científico e a economia capitalista ficarão mais do que felizes em endossar esse empenho. A maior parte de cientistas e banqueiros não se importa com o que estão trabalhando, contanto que isso lhes ofereça a oportunidade de fazer novas descobertas e obter maiores lucros. Pode alguém imaginar um desafio científico maior do que driblar a morte — um mercado mais promissor do que o da juventude eterna? Se você tem mais de quarenta anos, feche os olhos por um minuto e tente se lembrar do corpo que tinha aos 25. Não se concentre em sua aparência, mas acima de tudo em como era senti-lo. Você estaria disposto a pagar quanto pela oportunidade de ter aquele corpo de volta? Sem dúvida, algumas pessoas não se importariam muito com isso, mas haveria muitas outras dispostas a pagar grandes quantias, constituindo um mercado quase infinito.

Se tudo isso ainda não é o bastante, o medo da morte entranhado na maioria dos humanos confere à guerra contra a morte um ímpeto irresistível. Desde que se conscientizaram de que a morte é inevitável, as pessoas se condicionaram a suprimir o desejo de viver para sempre, ou o refrearam em favor de novas metas. Elas querem viver para sempre e assim compõem uma sinfonia “imortal”, empenham-se pela “glória eterna” em alguma guerra, ou mesmo sacrificam a própria vida para que sua alma “desfrute da felicidade perpétua no paraíso”. Grande parte de nossa criatividade artística, de nosso comprometimento político e de nossa fé religiosa é alimentada pelo medo da morte.

Uma vez perguntaram a Woody Allen, que fez uma carreira fabulosa falando do medo da morte, se ele esperava viver para sempre nas telas. Allen respondeu: “Eu preferiria viver em meu apartamento”. E acrescentou: “Não quero atingir a imortalidade por meio do meu trabalho. Quero atingi-la não morrendo”. Glória eterna, cerimônias comemorativas nacionalistas e sonhos com o paraíso são substitutos muito insatisfatórios para o que humanos como Woody Allen realmente desejam — não morrer. Se as pessoas pensarem (com ou sem bons motivos) que têm uma boa probabilidade de escapar da morte, a vontade de viver se recusará a continuar empurrando a carroça da arte, da ideologia e da religião e se lançará à frente como uma avalanche.

Se você acha que fanáticos religiosos com olhos flamejantes e barbas esvoaçantes são cruéis, espere só para ver o que farão magnatas idosos do varejo e estrelinhas de Hollywood envelhecendo quando pensarem que o elixir da vida está ao alcance deles. Se e quando a ciência fizer um progresso significativo na guerra contra a morte, a batalha real sairá dos laboratórios para os parlamentos, os tribunais e as ruas. Os esforços científicos, uma vez coroados de sucesso, desencadearão conflitos políticos amargos. Todas as guerras e todos os conflitos da história tornar-se-ão um pálido prelúdio da verdadeira batalha a nossa frente: a busca da juventude eterna.
Yuval Noah Harari, "Homo Deus: uma breve história do amanhã"

Nenhum comentário:

Postar um comentário