Não houve na política brasileira, nas últimas quatro décadas, um sujeito tão mau, quanto despreparado, como Bolsonaro. Chegou a hora de pagar a conta. Testemunhas de castas diversas trouxeram na semana passada fatos inquestionáveis que o comprometem judicialmente, e podem culminar em sua prisão. Dias contados para hospedar-se na Papuda. A internet, aliás, recomenda fortemente: recolham o passaporte do meliante.
Bolsonaro pode não ser burro, mas é péssimo em prognósticos. Desastroso em estratégia. Ele nunca achou que perderia a reeleição. Perdeu. Ele achou que conseguiria impedir a vitória de Lula nas urnas. Esforçou-se na ilegalidade, e não conseguiu. Ele apostou – em parte das Forças Armadas e nos seus apoiadores alucinados – que Lula, eleito, não tomaria posse. Covarde, armou a cena do golpe, e fugiu do Brasil.
Enrolado até o pescoço em várias frentes de investigação pela PF: de corrupção a golpe de estado, está por um fio. Melhor prevenir. Recolham seu passaporte, insisto.
O ex-Presidente será humilhado por denúncias de seus pares. Entre o disse-me-disse – ora, o coronel Cid vai confessar e dedurar o ex-chefe,, ora não sabe se o fará – a Policia Federal já puxou a ponta do nó. Essa semana promete novas revelações – de Frederico Wassef, escarafuncha quatro celulares. Estão apreendidos celulares de Cid e do seu pai (general da reserva), há as contas bancárias de Michele e Jair, cujo sigilo foi quebrados. E tem a investigação (avançada) sobre as joias surrupiadas pela família.
Na última sexta, na tentativa de driblar a imagem de ladrão de joias, Bolsonaro tomou uma média com pão, no boteco da esquina, comeu com a boca aberta e trouxe de volta seu cinismo doentio. O mesmo que o levou a imitar doentes com falta de ar, na pandemia, ou o que dizia “e dai? não sou coveiro”, sobre milhares de mortos em decorrência do seu negacionismo.
Bolsonaro está moribundo. Por um tempo, continuará a dar seu nome a extremistas, fascistas, negacionistas – bolsonaristas. Um engodo para quem precisa de um “mito” para venerar. Fora isso, é nada. Sobreviveu a uma facada suspeita, não sobreviverá ao golpe de sua prisão. Como a ignorância cola, já tem herdeiros a sua altura. Não vamos nos livrar desses arrivistas, atrasados, broncos. Um atende por Zema, não sabe quem foi Adélia Prado e acha que 513 dividido por 2 resulta em 613. O outro, Tarcísio, já tem uma chacina no currículo, e condena livros escolares.
No sábado, o negacionista foi às lágrimas em Goiânia, ao encontrar apoiadores. Motivos de sobra. Homem pode chorar. Não é seu caso. Vamos la, macho. Chega de mimimi. Engole esse choro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário