Bolsonaro não tem mais bala de prata para disparar contra Lula. A bala de prata já foi a primeira-dama Michelle, que quando mais jovem e solteira queria ser atriz, fantasiou-se de Toddynho e alimentava o sonho de ser feliz casando-se com um homem rico.
Michelle foi usada por Bolsonaro como evangélica exemplar para diminuir sua rejeição entre as mulheres. Missão dada, missão cumprida, mas nem por isso Bolsonaro avançou entre elas como desejava. Então, apelou para outra suposta bala de prata.
Foi a vez dos ataques pesados contra Lula para aumentar sua rejeição. De fato, a rejeição aumentou, mas bem menos do que ele esperava. O problema é que a rejeição de Bolsonaro não caiu e oscilou um ponto para cima. O que mais ele poderia fazer?
Ao ver Lula ser recepcionado por donos de algumas das maiores fortunas do país, Bolsonaro apelou para mais uma bala que julgava ser também mortal. Escalou o ministro Paulo Guedes para falar da recuperação do Brasil que crescerá mais do que a China.
Guedes se dispôs a sair dizendo essa e outras besteiras em emissoras de TV amigas e em podcasts de bolsonaristas. Como se empresários e banqueiros não soubessem que não é o Brasil que crescerá mais do que a China, mas a China menos do que crescia.
Acabou o estoque das balas de prata de Bolsonaro. Com os tanques fumacentos da Marinha, ele não conta mais para dar o golpe que acalentava. Falta um tiquinho só para que Lula se eleja domingo. E a Bolsonaro só resta torcer para que o tiquinho não venha.
Se não vier, e como disse Simone Tebet, por acabar acreditando nas próprias mentiras, Bolsonaro estará pronto para espalhar mais uma: a de que o segundo turno é uma nova eleição. Como se o placar zerasse para dar início a uma nova partida. Não zera.
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