Jair Bolsonaro não tem dia nem hora para arrumar uma crise com o Supremo Tribunal Federal (STF). Anunciou o decreto de indulto ao aliado Daniel Silveira (PTB-RJ) num feriado de 21 de Abril.
E, na noite de um domingo, ontem, o Ministério da Defesa, por ordem do presidente, divulga uma nota abrindo nova frente com o tribunal ao reagir a declarações do ministro Luís Roberto Barroso, que afirmou que as Forças Armadas são orientadas a atacar o sistema eleitoral.
Bolsonaro ficou possesso na tarde de ontem. Além das declarações do ministro do STF, viu noticiado ainda uma decisão de Barroso determinando que a Polícia Federal analise provas da CPI da Covid contra o presidente da República.
E, na fala de Barroso sobre o ataque dos militares ao sistema eleitoral, irritou profundamente o presidente o ministro ter citado com elogios generais que deixaram o governo como incômodos para o Planalto. Lembrando a frase:
“Não se deve passar despercebido que militares profissionais admirados e respeitadores da Constituição foram afastados, como o general Santos Cruz, o general Maynard Santa Rosa, o próprio general Fernando Azevedo. Os três comandantes, todos, foram afastados. Não é comum isso, nunca tinha acontecido” – afirmou Barroso.
Bolsonaro segue apostando que a quebra de braço contra o STF o garantirá, ao menos, um lugar no segundo turno da eleição. Além de servir como combustível para sua base.
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