Vladimir Putin perdeu. Se o plano era marchar até Kiev, arrancar o presidente ucraniano de sua poltrona e enfiar um fantoche em seu lugar, em meio à apatia geral, pode-se dizer que ele fracassou. Volodymyr Zelensky, usando como arma apenas seu telefone celular, tornou-se um símbolo poderoso demais. De fato, mesmo que consiga assassiná-lo nos próximos dias, o carniceiro russo já foi derrotado. Não no campo de batalha, onde sua brutalidade deve se impor, e sim no campo do Manchester United, que tirou da camisa o patrocinador russo, ou no quintal de Homer Simpson.
Isoladamente, esses gestos de solidariedade que se espalham pelas redes sociais podem parecer pitorescos; somados, porém, eles produzem um estrago maior do que qualquer bazuca, porque empurram as democracias ocidentais a um empenho jamais visto. Quem poderia imaginar que os europeus apoiassem o expurgo da Rússia do comércio internacional, apesar do risco de escassez de gás? Foi o que ocorreu.
Até os aliados de Vladimir Putin viraram as costas para ele. Só sobraram uns personagens desimportantes e aloprados como Jair Bolsonaro, mais uma prova de que o criminoso da KGB perdeu. O presidente brasileiro está disposto a trocar a democracia por um saco de fertilizantes. Isso dá uma medida de seus valores. Mas o fato é que, assim como Vladimir Putin, ele também foi derrotado por CR7 e Homer Simpson.
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