quinta-feira, 22 de julho de 2021

O silêncio dos inocentes úteis baixou sobre os bolsonaristas de raiz

Os mais conhecidos devotos do presidente Jair Bolsonaro, aqueles donos de mandatos em Brasília e fora de lá, recolheram-se ao silêncio tão logo ficaram sabendo da troca do general Luiz Eduardo Ramos pelo senador Ciro Nogueira (PP-PI) na chefia da Casa Civil da presidência da República.


Nas redes sociais, entre bolsonaristas dos demais escalões, o silêncio também baixou. Deu-se por conta da perplexidade geral e, naturalmente, de falta de orientação sobre o que poderiam ou deveriam dizer, algo a ser corrigido nas próximas horas ou nos próximos dias. A orientação já está sendo elaborada.

O único devoto com mandato que se arriscou a dizer alguma coisa foi o deputado federal Bibo Nunes (PSL-RS) que, à Folha de São Paulo, dissertou sobre a dinâmica da política, as condições do tempo, a necessidade que Bolsonaro tem de apoio, e sua certeza de que o Centrão não comandará o governo federal.

Os filhos do presidente também emudeceram, até mesmo Eduardo, que na convenção do PSL de 2018, quando seu pai foi lançado candidato a presidente, provocou:

“Eu queria tirar foto de cada um dos senhores aqui, para saber se em 2019, quando o couro comer pra valer, vocês vão se deixar seduzir pelo discurso do Centrão ou se vão se manter firmes e fortes com Bolsonaro”.

A declaração de Eduardo envelheceu. A dicotomia Bolsonaro-Centrão deixou de existir.

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