Apesar disto, há reconhecimento de que a força de Bolsonaro não diminui e possivelmente será forte candidato à presidência em 2022.
Muitos explicam esta força graças às transferências de renda, copiando os governos anteriores do PSDB/PT, também graças à adesão ao “centrão” e a provável irresponsabilidade fiscal que elevará gastos públicos.
Mas tudo indica que a força de Bolsonaro não vem apenas do populismo, vem da fragilidade de seus opositores. Apesar de manifestações verbais, seus opositores carregam o peso dos erros do passado e não oferecem ideias para o futuro. Propostas que tragam esperança ao povo e empolgue aos eleitores.
Além disto, falta uma liderança carismática com crédito político que unifique e lidere alternativa com viabilidade eleitoral. Não há propostas claras para um Brasil diferente. A oposição, dividida, se limita a oferecer volta ao passado, especialmente liberdade de costumes e compromisso com a democracia.
Bolsonaro adotou a velha proposta de transferência de renda para os pobres e caminha para usar irresponsabilidade fiscal como forma de financiar projetos de infraestrutura. Sem uma alternativa convincente e sedutora, sem reconhecimento dos erros que cometidos, sem uma unidade carismática que represente as forças progressistas, Bolsonaro será reeleito na hora que o eleitor tiver de escolher entre continuarmos como estamos ou regredirmos ao que fomos. O eleitor precisa de um sonho que sirva para construir um Brasil diferente no futuro. A falta disto nos deixa prisioneiros do passado.
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