Na teoria, os partidos representam segmentos da sociedade. Na prática, tornaram-se representantes dos seus próprios interesses. Partidos pequenos são perspectivas de grandes negócios. No caso do PSL, o negócio fechado com Jair Bolsonaro resultou em milhões de dividendos. E o partido tornou-se mais uma superestrutura pendurada nos cofres públicos.
O PSL tem um grande passado pela frente. Segue o exemplo de legendas como PT, PSDB, MDB e outras logomarcas que migraram da condição de partidos para o estágio de meras cascas, esvaziadas de qualquer tipo de conteúdo. O caso do PSL é ainda mais grave, porque a legenda ficou vazia antes de obter o recheio. No papel, é Partido Social Liberal. Na prática, não é partido, virou uma guerrilha. Não é social. E segue a lógica do patrimonialismo, não do liberalismo.
Quem ainda encontra tempo para desperdiçar com o acompanhamento da política encontra quase tudo no processo de derretimento do PSL, exceto interesse público. A consequência disso é que, a partir de uma crise que teve origem em declarações de Jair Bolsonaro, criou-se uma turbulência política num instante em que o governo do mesmo Jair Bolsonaro precisa de tranquilidade para produzir prosperidade. A maior vítima da insensatez é você.
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