Na área econômica, terceirizou tudo nas mãos de Paulo Guedes . O czar da economia tem se mostrado orgulhoso porque sua proposta de reforma da Previdência passou na Câmara — ainda espera votação no Senado. Mas o caminhão de investimentos que viriam para o Brasil não se materializou, o crescimento do PIB neste ano deverá ficar abaixo do 1% (pior do que no governo Temer) e mais de 12 milhões de brasileiros continuam sem emprego. Quando é cobrado por essa situação, Bolsonaro costuma dizer que é para falar com Guedes.
Pessoas que estiveram nas últimas semanas com o ministro da Economia saíram com a impressão de que ele acalenta o desejo de repetir o feito de Fernando Henrique Cardoso. Ministro da Fazenda de Itamar Franco, FHC pavimentou sua candidatura à Presidência depois do sucesso do Plano Real. Assim como o líder tucano no passado, Guedes tem ouvido elogios a sua agenda econômica quando circula em aeroportos e eventos frequentados por empresários.
O ministro da Economia como opção de candidato presidencial em um país cansado das trapalhadas de Bolsonaro? Esse é o cenário benigno para Guedes. Mas também há a possibilidade de ele acabar sendo defenestrado antes de 2022 se ficar claro que a economia não vai decolar — “o último prego no caixão do liberalismo brasileiro”, como já previu um grande empresário que pediu para não ter seu nome revelado com medo de represálias. Será? Na mesma linha do político dinamarquês, o humorista americano Groucho Marx uma vez disse que o problema das previsões é que elas são todas sobre o futuro.
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