Depois da experiência social-democrata, surgiu o Brasil de Lula e Dilma, que deu no que deu. O ex-presidente petista está preso. Dilma foi cassada.
Agora, decorridos oito meses de sua posse no Planalto, eleito com 56 milhões de votos (a maioria votou contra o Lula e o PT), não paira mais dúvida sobre a índole autoritária do presidente Jair Bolsonaro.
O presidente tem demonstrado que não aceita a autonomia de instituições (do Estado, não dele), como a Receita Federal, o agora renomeado Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) e a Polícia Federal. Não aceita o sistema constitucional de freios e contrapesos – um obstáculo à corrupção e, também, à concentração e ao abuso de poder.
A intromissão no Coaf, ao que tudo indica, se deveu ao fato de seu filho Flávio, hoje senador pelo Rio de Janeiro, estar sendo investigado a partir de dados liberados pelo órgão. O ministro Dias Toffoli, presidente do Supremo Tribunal Federal, a pedido do senador, suspendeu as investigações, e Bolsonaro aprovou. O que acontecerá depois dessa dobradinha Dias Toffoli/Jair Bolsonaro ninguém sabe.
Enquanto a Amazônia pega fogo (a culpa não é só do presidente, mas é, também, da sua política de relaxamento na fiscalização), o secretário geral, Jorge Oliveira, em resposta à pergunta sobre se seu chefe relatou a outras fontes que está insatisfeito com Moro, após afirmar que “morre de rir com o presidente o dia todo”, disse o ministro: “Não que não haja discordância. Até nossa família tem discordância. É normal. As coisas no governo são intensas. Tem um volume de coisas, de informação. O ministro Moro tem uma formação, o presidente tem outra”.
“Há algo no ar além dos aviões de carreira”.
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