O ataque de Carluxo chega num instante em que seu pai rouba a cena em Brasília como lobista das forças policiais. Alheio ao risco de desidratação, Jair Bolsonaro insiste em empurrar para dentro da reforma regras especialíssimas de aposentadoria para sua corporação predileta. "Algumas questões serão corrigidas com toda certeza junto ao plenário", disse Bolsonaro nesta sexta-feira.
Na contramão de Carluxo, seu desafeto Rodrigo Maia empilhou no Twitter três posts. Num, informou que se reunirá com líderes partidários em pleno sábado, para azeitar a aprovação da reforma em plenário. "O Brasil não pode esperar", escreveu. Noutro, anunciou para a próxima semana a instalação de comissão sobre a reforma tributária. Num terceiro, disse ter combinado com o ministro Sergio Moro (Justiça) que o pacote anticrime vai a debate em agosto.
Num instante em que a conjuntura pede serenidade, não há tipo mais perigoso do que um caçador de encrencas como Carluxo. Ele é capaz de emitir fagulhas que podem derrubar ministros ou aumentar a coleção de desafetos arrumar inimigos. Não que as opiniões do Zero Dois sejam levadas em conta. É que por trás delas há a eterna suspeita de que o príncipe encrenqueiro é intérprete do pensamento do soberano.
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