"nepote" é italiana, significa “sobrinho” e ganhou conotação política com o costume dos papas antigos de presentear parentes com poder, ou nacos de poder, uma prática que ganhou o nome de “nepotismo”.
Para responder aos seus críticos, o presidente poderia recorrer à ironia e também ridicularizá-los, lembrando que — como a ditadura — a prática de nomear parentes nunca existiu no Brasil; portanto, o que existe é o que poderia ser chamado de “nãopotismo”. Ou então, já que só pode ser coisa de comunista tentando ressuscitar a esquerda, de “neopetismo”.
Ou o presidente pode contra-atacar e desafiar seus críticos a encontrar um exemplo, na sua administração — apenas um, em todos os ministérios, em todos os partidos da sua base, entre todos os chefes de gabinetes e auxiliares de escritório, e todos os parlamentares que o apoiam, entre ascensoristas, motoristas, faxineiras, telefonistas, cozinheiras, empregados, animais de estimação, membros da sua família — apenas um sobrinho do Papa.
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