quarta-feira, 17 de outubro de 2018

Dona Esperança não é mulher de malandro

Se em 2003 a esperança venceu o medo, agora é o medo que derrota a esperança. O que mudou para um sentimento dos mais nobres, e uma "profissão" brasileira, se entregar ao incerto?

Esperança precisa ser tratada com carinho e atenção, não merece o que fizeram com ela. Se tornou bandeira para tudo de ruim: corrupção, bandalheira escancarada, enriquecimento desbragado dos Defensores do Povo, ganância desmedida em se imortalizar no poder, ruína da educação, da saúde, da segurança; mentiras e mais mentiras.


Viver na desgraceira com tanta mentira de que estão preparando o futuro (o deles, claro) fez com que muita gente trocasse na bacia da mediocridade a certeza do continuísmo pela incógnita. O Brasil se lançou no escuro, com coragem, muito maior do que muita gente "guerreira", porque não teme o futuro.

Quando se procura a todo custo uma explicação para a tal "guinada" à direita, com exemplos até estrangeiros, que não se comparam ao brasileiro, a grande esquecida é a Esperança. Foi ela tripudiada todo este tempo, trocada por milhares em todas as categorias por 30 moedas. Agora vem dar o troco.

Esperança está acompanhada do conservadorismo, que compõe o DNA do brasileiro, e um dueto de amor e ódio ao militarismo, que acompanha a República desde a sua fundação. Nada de retrocesso, fascismo, nazismo e outras peçonhas importadas que insistem em colocar nesta onda. 

É que nunca viram Esperança com raiva, com fome, pronta para qualquer luta, principalmente para dar uma surra em todos os malandros que desejavam viver às suas custas.
Luiz Gadelha

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