Não será imoral uma ex-presidente da República, com tudo pago pelo Estado brasileiro e à custa de patrocinadores internacionais, sair mundo a fora pregando que o Brasil vive sob uma ditadura? A ter que denegrir a imagem do seu próprio país, que o faça pelo menos abrindo mão dos benefícios que ele lhe concede.
Não é menos imoral um condenado e preso por corrupção, lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio, aproveitar o que lhe resta de popularidade para assegurar que será candidato de qualquer jeito, a não ser que lhe tirem a vida ou que rasguem a Constituição. Para ele, rasgar a Constituição quer dizer não fazer a sua vontade.
Imoral é também um país onde 171.480 ricaços acumularam no ano passado um patrimônio de 4, 5 trilhões de dólares. Eles representam apenas 0,8% da população, mas têm renda e patrimônio superior a mais de 60% dos brasileiros, segundo o relatório global de 2018 divulgado ontem pela empresa de consultoria Capgemini.
Os bagrinhos imorais pagarão pelo que fizeram na Rússia – sinal promissor de que a tolerância com crimes de tal natureza começa a chegar ao fim. A pressão sobre Trump foi tamanha que ele admitiu recuar do propósito de separar pais de filhos. A ver, uma vez que ainda não anunciou o que fará.
As transgressões cometidas por Dilma e pelo encarcerado de Curitiba serão corrigidas tão logo se tenha um novo governo livremente eleito. Quanto à imoralidade de um país tão absurdamente desigual, levará muito, muito tempo. Será tarefa para os nossos filhos, e para os filhos dos filhos deles.
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