quarta-feira, 21 de março de 2018

Todo dia santo é dia de Bejamins

Os portais da Câmara de Vereadores, prédio alcunhado nos anos 1920 de "Gaiola de OUro", não se abriram no sábado para se reverenciar os mortos do Alemão, entre eles duas mulheres faveladas e negras. Sequer o Rio se manifestou nas ruas por mais um Benjamin, de pouco mais de um ano, assassinado com um tiro na cabeça. Que artista se comoveu em letra e música com mais essa criança assassinada? Bebê nem comoveu Katy Perry. Também não merecerá filme dos mesmos produtores da história de Lula, o mais honesto do planeta. 

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O estado de barbárie nacional afronta todo o dia o Estado de Direito. Esta ano 17 vereadores foram assassinados. A nenhum deles se avocou o atentado à democracia. Também não revoltou o país a tortura e execução de Celso Daniel, autêntico atentado político, avocado pela esquerda em plena era petista como caso de polícia, mas que ainda hoje assombra como um esqueleto do armário partidário.

A politização do homicído de Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes deve ser repudiada como suas mortes violentas. Serve apenas aos velhos interesseiros de sempre mais de olho no poder do que em resolver problemas nacionais para os quais não têm ideias nem sequer projetos.

Há que se respeitar a morte e repudiar a execução da vereadora, exigindo punição aos culpados, como de qualquer cidadão assassinado. Nunca se deve esquecer que milhares de outras mulheres, homens e crianças também foram executados em todo o país. Os assassinos não têm dia de descanso como a politicalha, sempre de prontidão para bater continência a criar ícones ou bandieras para se manter ou chegar ao poder.
Luiz Gadelha

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