domingo, 26 de novembro de 2017

Preferência pela riqueza em detrimento do país

As sociedades modernas oferecem muitas opções quanto à ideologia, ao trabalho, ao lazer e às relações afetivas, motivando os jovens a insistir em suas escolhas para obtenção de prazer, conhecimento e prosperidade. Surgem divergências, resvalando, às vezes, para conflito, mas o saldo é positivo quanto à delimitação de direitos e deveres de cada cidadão, instrução de alta qualidade, liberdade de expressão, segurança em todos os ambientes e austeridade fiscal. Isso é garantido por governantes eleitos por uma população intolerante com abusos em benefício próprio e pronta para manter o bem-estar conquistado após a Segunda Guerra Mundial.

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Nada disso existe no Brasil, que continua subdesenvolvido, com péssimos índices em qualidade de vida, insegurança jurídica, infraestrutura obsoleta, desequilíbrios regionais, dependência tecnológica, desigualdade social, instabilidade institucional e absoluto descrédito dos grupos dirigentes. Notícias sobre falcatruas milionárias são constantes, e os autores permanecem impunes, apesar dos desvios da riqueza nacional que resolveria todos aqueles problemas. Infelizmente, suas escolhas na administração pública são outras, ignorando que vão penalizar a nação inteira e comprometer o futuro de seus amigos, vizinhos e eleitores. Preferem construir imenso patrimônio pessoal, exibindo mansões, terras, gado, iates, jatos, joias e aplicações financeiras, mesmo sabendo que a maior parte da população passa fome, habita casebres em áreas de risco, está doente, sente frio e mantém-se analfabeta, no quinto país em extensão territorial com muitas reservas naturais.

Uma análise sobre as motivações dessas escolhas por dirigentes brasileiros é revoltante, porque indica como são insaciáveis por riqueza e poder, tendo todas as oportunidades para construir bela biografia como gestores do patrimônio nacional se agissem com lisura, competência e amor à pátria. Optaram, entretanto, pela arrogância, mentira e desonestidade, sem resolver os inúmeros problemas dos financiadores compulsórios de sua descompostura. Não se tocam que despertariam a admiração dos eleitores se suas decisões estivessem voltadas para a comunidade, mas irritam-se quando são alvo de impropérios que têm acontecido em diferentes lugares e nas redes sociais. Afinal, vários grupos estão demonstrando cansaço com tantos desmandos, péssimos serviços públicos e, especialmente, futuro nebuloso.

Todos os setores do Estado estão dominados por bandos de saqueadores do erário que inviabilizam, diariamente, nossos sonhos para a construção de um país justo, solidário e próspero. Os candidatos para 2018 são movidos pela vaidade, demagogia e sede de poder. Não têm propostas efetivas para a educação de qualidade, assistência médica, revitalização dos rios, proteção das fronteiras e ocupação organizada do território, entre muitos outros problemas que nos tornam cada vez mais infelizes.

Gilda de Castro

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