O fato é que aumenta perigosamente o de contingente dessas facções, que lutam contra elas mesmas pelo poder nas prisões e nas cidades. Quando são tomadas medidas punitivas de transferência de presos para outros presídios, por exemplo, ou quando não são atendidas suas reivindicações, essas organizações criminosas respondem sempre prejudicando o povo, queimando ônibus, fazendo arrastões, depredando lojas e patrimônio público.
A partir do momento que os poderes constituídos se mostram nitidamente contrários à lei e à ordem, definitivamente impedem que o desenvolvimento seja o objetivo comum, e elegem o povo como inimigo natural de seus projetos e planejamentos sobre a manutenção do poder. E com isso as facções criminosas, sem sofrerem um combate implacável, acabam assumindo um poder paralelo.
Esse movimento deletério que uniu parte do Legislativo e do Executivo vinha em andamento desde a gestão de José Sarney, mas a participação efetiva do Supremo somente ocorreu mais recentemente. Foi uma surpresa, porque a ação do STF causa maior instabilidade no país, ao partir justamente do poder que deveria nos dar sustentação contra o descalabro e o desmando de Executivo e Legislativo, porém está corroborando para que a Constituição seja solapada e sofra explicitamente a ação de sabotadores!
Ora, todos sabem que os maiores assassinos, ladrões e estelionatários são os governos federal, estaduais e municipais, porque desviar recursos públicos significa subtrair verbas da saúde, da assistência social, da educação e da segurança, agravando os males da população, especialmente das camadas mas pobres.
Se os cidadãos se unissem contra os governantes, exigindo um comportamento adequado quanto à valorização do brasileiro no que tange a presídios decentes, uma carga tributária condizente, saúde que atenda à demanda, segurança pública efetiva, educação de acordo com o tamanho desse território, uma menor disparidade salarial entre parlamentares e magistrados com relação ao salário mínimo, os roubos praticados pelos poderes sendo punidos com rigor, definitivamente o Brasil melhoraria.
Mas isso não vai acontecer. A alternativa que resta, a meu ver, seria uma intervenção militar temporária, para reorganizar a administração pública, moralizar a política, alterar a forma de escolha de magistrados, para que as facções criminosas mais conhecidas como os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário deixem de atuar contra o povo.
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