Não, não é só um partido político, às vezes parece uma organização criminosa, ou uma federação de feudos regionais, sem qualquer unidade ideológica, sem identidade de objetivos (os lícitos, é claro, porque nos ilícitos estão sempre juntos), enfim, o que é o PMDB, alem de o maior partido do Brasil, o mais poderoso, o que mais mal faz ao país?
Não são as crenças ideológicas que os unem, são os interesses pessoais, regionais, federais, as oportunidades de cargos e de negócios. Desde Sarney e FHC, eles estão nas abas do poder, estiveram com Lula e Dilma, e agora finalmente são governo, com o PSDB fazendo o papel do PMDB de sempre, desfrutando das vantagens e sem as responsabilidades.
E os “quadros” peemedebistas?
Gente como Renan, Moreira Franco, Jucá, Jader, Geddel, Sarney, Padilha, como Temer e suas roupas e estilo antigos, seu vocabulário antiquado, seus discursos bombásticos de 40 anos atrás, o PMDB é a encarnação da “velha política” que atrasa o Brasil.
Assim como o PSDB, o PT e o DEM, que ao menos têm algum caráter, ainda que mau. O PMDB parece não ter nenhum.
Mesmo com todas as dificuldades e boicotes, que vão livrar muitos políticos da cadeia, se a Lava-Jato provocar uma completa reestruturação partidária, já será um grande avanço. Será mesmo?
Na Itália, desmoralizados pela Operação Mãos Limpas, os grandes partidos, o Socialista, a Democracia Cristã e o Comunista, que dividiam o poder desde sempre, foram extintos. Fizeram um remix, criaram novos partidos, com novos nomes e novas alianças. Além do advento de Berlusconi, as consequências foram nefastas: os políticos que escaparam da prisão contaminaram os novos, o poder da corrupção e das organizações criminosas sobreviveu, a estagnação econômica continua. E no Brasil?
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