Para começo de conversa, o governo trata como coisa do passado a recessão histórica que vive o país, com dois anos consecutivos de queda no PIB. Temer agora diz que está recolocando o país nos trilhos e entregará ao sucessor uma locomotiva em movimento.
Há na praça tímidos sinais de recuperação da economia. Mas Temer, acossado pela crise política, tenta colher resultados econômicos antes do amadurecimento dos frutos. Basta que o Congresso rejeite a reforma da Previdência ou aprove uma reforma pífia para que o otimismo do governo vire fumaça.
Temer faz o que lhe resta. Vende à plateia um futuro de prosperidade. É fácil fazer isso, pois o futuro não pode ser cobrado nem conferido. O futuro, como se sabe, a Deus pertence. Enquanto espera, você pode pernguntar: mas e quanto ao passado, quem responderá por ele?
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