Os inflamados senhores que formavam a plateia histérica do escritor Raduan Nassar não esperavam pela reação dura de Roberto Freire ao defender o governo do qual faz parte como ministro da Cultura. Achavam que seus gritos delirantes em defesa do PT iriam calar a voz de Freire, coisa que a ditadura não conseguiu. Certamente não conheciam Freire, portanto, são, na verdade, analfabetos políticos por desconhecer uma das vozes mais contundentes contra o regime de opressão que se instalou no país e que teve nele seu principal opositor, enquanto esses pseudointelectuais paulistas, seguidores do PT, viviam como almofadinhas dentro das universidades com medo de enfrentar a repressão.
Ao dizer que Freire não estava altura do evento, Augusto Massi exasperou-se na crítica e na incivilidade. Recebeu, como era de se esperar, o troco a altura ao ser chamado de “idiota” por Freire, que não se intimidou com a adversidade do show promovido pelas viúvas da Dilma e do Lula que, como sempre, promovem espetáculos circenses sem a magnitude dos bons palhaços.
Ora, se pensavam que o Roberto Freire iria ficar calado diante da manifestação infantiloide, inconsequente e degradante de uns marmanjos que pregam a revolução petista dentro das universidades quebraram a cara. Contra toda aquela plateia que vociferava o “golpe”, Freire, sozinho, os combateu, como sempre fez contra os fascistas quando teve que defender o Brasil das amarras do arbítrio. Chaui, a mais exaltada defensora petista, liderou uma vaia contra o ministro, demonstração cabal de que os seus argumentos tinham se esvaido diante do discurso veemente de Freire, que indicou o caminho mais fácil para Raduan se ver livre do problema: devolver o prêmio Camões e os 100 mil euros que o acompanha. Quem sabe assim o escritor não ficaria mais à vontade para desenvolver o seu discurso oposicionista.
A esquerda de botequim caiu de pau no Freire por esse gesto corajoso. Quem o conhece elogiou. O Freire inflamado que fazia aquela histérica plateia engolir cada palavra ofensiva, é o mesmo que esteve à frente das forças de oposição contra o regime militar. Que bradou no Congresso Nacional, nos sindicatos, nas entidades dos direitos humanos e nas ruas contra a intolerância e o ódio dos radicais. É esse Freire que hoje comanda o Ministério da Cultura para felicidade daqueles que estão envolvidos com a arte e a literatura no país. É esse Freire que vai moralizar o setor, corroído pela corrupção que destroçou o ministério na era petista, decretando o fim do apadrinhamento, da cultura aparelhada e do assalto ao dinheiro público.
O Brasil estaria em boas mãos se tivéssemos mais Freires para defender os nossos valores.
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