Estão reclamando que o presidente Michel Temer não disse uma palavra a respeito do massacre de Manaus, quando até o Papa pediu orações para as famílias dos massacrados. Realmente, o chefe do governo bem que poderia ter lamentado ou prometido que de agora em diante tudo vai ser diferente. Só que não adiantaria nada. Os 56 mortos estão sendo enterrados, as cadeias continuam privatizadas e as diversas entidades criminosas permanecem mandando nos presídios. O que poderia Temer fazer?
Primeiro, mudar o ministro da Justiça. Alexandre de Moraes chegou atrasado na capital do Amazonas. Se a Polícia Federal tinha sido avisada, a informação perdeu-se no trajeto até Brasília. Alguém foi responsável pela inação.
A intervenção federal no sistema penitenciário dos Estados também seria oportuna, porque não apenas o governador amazonense tem sua parcela de culpa. Os demais governadores também, sem exceção. Todos aceitaram a privatização dos estabelecimentos penais, em maior ou menor grau. Deixaram de investigar os efeitos dessa ação celerada onde atuam grupos econômicos empenhados em receber centenas de milhões dos cofres estaduais, sem contribuir para a recuperação da massa carcerária. Pelo contrário, ampliam o número de presos amontoados nas prisões porque recebem por internação.
Poderia o presidente da República, também, apelar para a participação do Ministério Público e do Poder Judiciário para enfrentar o caos que os Estados não conseguem debelar.
Em suma, nem só da reforma da Previdência Social e de outras reformas o palácio do Planalto deveria cuidar. Existe um outro Brasil à margem, abandonado, dentro e fora das penitenciárias.
Primeiro, mudar o ministro da Justiça. Alexandre de Moraes chegou atrasado na capital do Amazonas. Se a Polícia Federal tinha sido avisada, a informação perdeu-se no trajeto até Brasília. Alguém foi responsável pela inação.
A intervenção federal no sistema penitenciário dos Estados também seria oportuna, porque não apenas o governador amazonense tem sua parcela de culpa. Os demais governadores também, sem exceção. Todos aceitaram a privatização dos estabelecimentos penais, em maior ou menor grau. Deixaram de investigar os efeitos dessa ação celerada onde atuam grupos econômicos empenhados em receber centenas de milhões dos cofres estaduais, sem contribuir para a recuperação da massa carcerária. Pelo contrário, ampliam o número de presos amontoados nas prisões porque recebem por internação.
Poderia o presidente da República, também, apelar para a participação do Ministério Público e do Poder Judiciário para enfrentar o caos que os Estados não conseguem debelar.
Em suma, nem só da reforma da Previdência Social e de outras reformas o palácio do Planalto deveria cuidar. Existe um outro Brasil à margem, abandonado, dentro e fora das penitenciárias.
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