Candidato ao Planalto, Lula passou a enxergar o Brasil de forma inusitada. Ele vê o país com o distanciamento de um scholar, como se nada fosse com ele. Num discurso para sindicalistas, na manhã desta terça-feira (24), Lula disse estar convencido de que a operação que combate o maior escândalo de corrupção já descoberto na história do país foi tramada no exterior: “Hoje, tenho convicção de tem dedo estrangeiro nesse negócio da Lava Jato. Tem interesse no pré sal.”
Lula declarou também que o brasileiro está negligenciando os efeitos deletérios que o combate à corrupção provoca na economia. ''Não estamos levando a sério o que a chamada Operação Lava Jato está fazendo com a economia brasileira. Segundo várias informações, o efeito chega a 2,5% do PIB.”
Bom mesmo era o país governado por Lula. “Provamos que era possível aumentar o salário mínimo sem aumentar a inflação”, disse o pajé do PT. “Fizemos isso 12 anos seguidos. Nos meus oito anos de mandato, a inflação ficou sempre dentro da meta.” Dilma Rousseff errou, admitiu o orador. Entre os seus equívocos, o mais notável foi o excesso de desonerações tributárias concedidas a setores empresariais. ''A caixa foi ficando vazia.”
Com seus discursos de candidato, Lula leva a empulhação às fronteiras do paroxismo. O mensalão e o petrolão tem raízes na sua administração. A Lava Jato não é senão consequência do descalabro. O PT, seu partido, comandou o assalto ao erário. Foi dando acesso aos cofres federais que Lula recebeu apoio no Congresso. Deve-se a Lula também o mito da supergerente, que resultou no fiasco histórico de três anos de recessão.
Uma das mais sinistras ironias da trajetória de Lula e o fato de o morubixaba do PT ser obrigado a se reapresentar como candidato ao Planalto para se contrapor aos fatos que teimam em aproximá-lo da cadeia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário