As togas se ajoelharam diante do cangaço político, que se lixou para mandado judicial da Corte e continuou presidente independente do julgamento do caso. Renan afrontou os juízes e levou um mero puxão de orelha.
Se havia alguma esperança, no país, de Justiça com maiúscula, pode-se dizer adeus.
O que esperar dos julgamentos no STF dos indiciados com foro privilegiado envolvidos na Lava Jato? Mais acordões para que, em nome do latinório, os criminosos sejam agraciados com meras reprimendas?
A Justiça brasileira não se desmoralizou com a decisão de quarta-feira. O Brasil é que ficou menor. De país passou a comunidade dominada pelo tráfico político ainda mais pernicioso do que o de drogas porque corrói as instituições.
Justiça de acordo não é justiça, assim como desconsiderar mandado judicial é crime. Em ambos, viceja o germe do desrespeito ao Estado, base da institucionalização do caos.
Os alcunhados Poderes, no país, demonstram apodrecimento que vai gerar ainda mais desprezo pela política e pela boa governança. O governo Temer age com temeridade para não ver seus projetos rejeitados ou fatiados numa sonhada salvação nacional. Se deixa nas mãos da gentalha que não hesitará em cobrar com juros e correção monetária a mãozinha. Um custo muito caro que será pago com mais sofrimento, senão com o silenciamento, do mesmo povo de quem se diz hoje defensor.
Luiz Gadelha
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