Três das melhores marcas do mercado, eu repito. Deem uma rápida olhada nas compras de supermercado do mês e vocês verão que o mais novo mimo do nosso “capitalismo, pero no mucho” é um selinho vermelho num canto da embalagem, afirmando que a mesma agora vem com 10% a menos de produto embutido nela. A lei agora permite isso. Um mimo, não é mesmo? Essa sucata em que transformaram a indústria nacional, apoiada na muleta calhorda do vigarismo estatal que campeou todo esse tempo por aqui, é o resultado de uma ideologia bamba com o mais completo descuido com qualquer planejamento, mérito, controle e eficiência.
Antes que alguém mande eu me benzer, afirmo categoricamente que estou sofrendo de Brasil. Um ajuntamento de vigaristas que tenta sobreviver, dando uma tunga no consumidor e usando materiais dos mais vagabundos em seus produtos. Teremos ou não uma “colaboração premiada” também neste quesito? Passou da hora do país repatriar também sua vergonha na cara, irremediavelmente perdida entre o socialismo de pinga que nos impuseram e a saudade marreta que essa gente ostenta de uma realidade que jamais se consumou, porque foi arquitetada para ser a fraude que é.
Essa gente não me engana. Se aquele escritor, andares abaixo, pedisse emprestado um liquidificador para uma prima dele, lá nos Estados Unidos, e esta lhe apresentasse um troço que mói até pedra britada, aposto que ele entenderia finalmente a diferença entre o socialismo barato que nós condescendemos em experimentar por aqui e o capitalismo de resultados práticos e aferíveis. Nunca antes tinha visto este país com olhos tão abertos. É um lixo. Obrigado, Nêumanne. Obrigado, Augusto. Tá difícil.
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