sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Farsa ambulante

Se alguma coisa incomoda Lula, é a verdade como todo mundo conhece. Não que a admitindo seja condenado aos quintos do inferno, e tenha medo. Simplesmente não tem com ela a mínima intimidade. Com o passar dos anos, a farsa ambulante foi sua verdade inquestionável. E as mentiras passaram a povoar essa criatura que criou acima de tudo e de todos. Não bastou ser o mais honesto do país, agora se tornou o mais conhecido depois de Cristo, é claro. 


O inocente ex-presidente, que não sabia de nada e só trabalhava em prol dos pobres, deixou um rastro de rombos, quando não de roubos. Mentiu como o diabo, mas essas são suas verdades. Assim se tornou o único e grande criador de muito que os outros criaram. Assume a paternidade de obra alheia como marginal se diz arrimo de família e trabalhador. Sem um pingo de vergonha e na maior cara de pau. 

Depois de apontado como o poderoso chefão da propinocracia no país, Lula se pronunciou entre os seus, bem resguardado de perguntas, para destilar o mesmo blá-blá-blá avinagrado. Não deu respostas, mas ofereceu as fanfarronices em especial a de que o Brasil foi descoberto por Cabral, mas verdadeiramente surgiu com Lula. E segundo o homem mais conhecido do país, a História deve estabelecer duas etapas no Brasil: antes de Lula e depois de Lula. 

Aos 71 anos, com o mesmo discurso contra as zelites, que privilegiou em favor dos pobres, a quem ludibriou, Lula ainda acredita ser um marco histórico. É a sua verdade que não convence a mais ninguém fora do circuito dos seus poucos, raríssimos, defensores, uma vez que até a amigos de anos defenestrou em nome do continuísmo e ainda mais da permanência fora da cadeia.

No picadeiro da política brasileira, é um velho palhaço em esquetes antiguadas ainda querendo palmas pelo que foi, embora não tenha sido tanto quanto se acha.
Luiz Gadelha

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