O Brasil é um país emergente, grau intermediário entre países em desenvolvimento e desenvolvidos. O seu avanço passou por uma ditadura estabelecida com a participação e direção da sua antiga casta militar e que fez avançar o capitalismo. A redemocratização dos anos 80, o Plano Real de 1994, a ascensão ao poder do Partido dos Trabalhadores, em 2002, são etapas deste avanço.
Contudo, no poder há 13 anos, o PT não soube realizar uma reforma política que minimizasse a presença, ainda, de castas, no país. Ao contrário, membros do partido aderiram a práticas de corrupção, acobertados pela impunidade tradicional de setores privilegiados. Corrupção existe por toda parte, mas, nos países de castas privilegiadas impunes, ela toma formas de endemia.
O avanço do capitalismo, por outro lado, vem inserindo no país novas gerações mais educadas, que participam de reações crescentes à permanência de formas de casta, à manutenção do privilégio da impunidade perante a lei.
No Brasil, a corrupção e as ilegalidades orçamentárias se somaram a outras fontes, mais poderosas, na condução a uma crise econômica, agravada desde 2014. O quadro levou ao extremo, o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Uma reforma política, que dê mais lugar a uma estrutura social de classe, é um passo urgente para novos rumos nacionais.
Pedro Geiger
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