Nada mudou. Basta atentar para os nomes dos novos ministros, sem qualquer ligação com as atividades de cada pasta. Notáveis, ou quase, só dois ou três.
Afaste-se a tentação de fulanizá-los, até porque, com as raras exceções, ninguém os conhece. Michel Temer passará pela mesma dificuldade de Dilma Rousseff e, em boa parte, do Lula: a impossibilidade de referi-los nominalmente nas primeiras semanas, muito menos suas qualidades e potenciais. Salvam-se Henrique Meirelles, José Serra e mais quem?
Tudo o que o novo presidente prometeu ou sugeriu desfez-se num festival de fisiologismo explícito em nada diferente dos últimos governos do PT. Os novos ministros, como os anteriores, nenhuma ligação possuem com as obrigações de seus ministérios. Vão nomear, patrocinar favores, senão sinecuras, favorecer grupos capazes de retribuí-los com aumento de patrimônio e influências variadas.
Sequer a promessa da diminuição do número de ministérios o ainda vice-presidente conseguiu manter. Esqueceu as boas intenções de buscar na sociedade os melhores em cada setor. Luminares, nem pensar. De preferência, parlamentares dóceis às imposições de seus partidos.
Em suma, nada de novo no pantanal da incompetência e da avidez. A pergunta que começa a ser feita é sobre quanto tempo vai durar a submissão até que se volte a falar em reforma da equipe ou, com certeza, na perspectiva de um novo impeachment.
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