segunda-feira, 9 de maio de 2016

Não há plano B

Político não tem crédito, tem débito. Dar cheque em branco, como o voto obrigatório, e confiar em promessas, quando até as de santos falham, viu-se que é perigo na certa. Sente-se hoje o castigo, que veio a cavalo.

Michel Temer está aí para provar. As ruas foram contra Dilma e o PT, mas não imploraram pelo vice. Desejaram mudança constitucional. Na medida do possível, nesta mixórdia brasileira, até que saíram-se bem. Foi o que restou.

Os manifestantes pediram mudança de governo para que não morresse a esperança. E é isso que conta, porque Temer não é Dilma, embora haja tanta semelhança no jeitinho fisiológico de governar. Nem seria possível outra coisa. Afinal são anos de demagogia típica do coronelismo político que deixaram a boca torta.

Há poucas pouquíssimas certezas em tantas incertezas. De momento é de rei morto, rei posto dentro dos protocolos estabelecidos pelo STF. Outra é de que
Temer não é nenhuma Brastemp nem muito menos poste. Vai funcionar como tampão reciclado. Exigir mais é impossível, nem reclamar no Procon por propaganda enganosa. 


O vice mostra o insuperável cacoete político de cacique. Quem esperava coisa melhor contente-se com o que está aí. Sequer estadista ou salvador da pátria, Temer foi mais para mordomo sempre assistindo aos governos. Não seria diferente agora investido no executivo.

O resto fica ao Deus dará se Ele ainda for brasileiro ou ter um xodó pela terrinha. De forma que é rezar e esperar para que se consiga um mínimo de governabilidade. Não é o ideal, mas no momento tem que servir. Ainda mais que não se tem plano B para estancar a sangria financeira até 2018.

Nenhum comentário:

Postar um comentário