domingo, 29 de maio de 2016

O dia seguinte melhor do que a véspera?

À medida em que vão sendo revelados os sucessivos episódios da roubalheira verificada em entidades do governo e da iniciativa privada, à sombra da Operação Lava Jato e sucedâneos, com a exposição de políticos e empresários variados, a conclusão é de que dos relacionados não deveria sobra nenhum, ou sobrarão muito poucos. Pelos cálculos feitos até agora pelo Ministério Público, a Polícia Federal e a Justiça, já são mais de duzentos os bandidos, estes reconhecendo a própria culpa, aqueles emergindo das investigações e processos mais ou menos avançados. Alguns comprovadamente envolvidos, condenados ou em vias de tanto. Estes já postos na cadeia, outros a caminho.

A vergonha atinge o país inteiro. Não escapam nomes ilustres.

A pergunta que se faz é sobre quantos escaparão. Porque tentando, todos estão, apelando para as delações premiadas, as amizades de sempre, as chicanas e os advogados abertos ao faturamento variado.

Jamais a corrupção alcançou níveis tão altos. Pelo menos, a impunidade começa a ser atingida e denunciada. Indaga-se a respeito de sua extensão. Muitos vão saltar de banda. Mesmo assim, parte dos corruptos vem sendo arcabuzada, evidência de que o Brasil progride.

Não haverá, portanto, que desistir. Preferível parece imaginar o dia seguinte melhor do que a véspera.

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