O show de obras caindo na cabeça dos cidadãos iludidos desta terrinha de idiotas úteis é motivo para termos uma agência reguladora só para estes cretinos, não é mesmo? E o que dizer da agência responsável pela disseminação da internet que, em conluio com as operadoras, pretendem dar mais um golpe no coitado cidadão digital? Num país que a propagação do conhecimento e da informação deveriam ser políticas de Estado, temos que conviver mesmo com políticos que vão a um processo de impeachment achando que estão no programa da Xuxa, com direito a beijinho nos colegas e nos familiares. Tenha paciência.
Já disse aqui mesmo que, como engenheiro que sou, não passo debaixo de várias obras recém construídas por esses calhordas das tetonas públicas. Estão condenadas pela vigarice rumbeira, pela picaretagem profissional, pela falta de material com um mínimo de qualidade para suas devidas execuções, todos também devidamente desviados para o fundo das piscinas e para os pedalinhos em forma de pato que ostentam estes carcamanos, todos reunidos.
Não há ideologia que suporte a falta de cimento, meus caros. Simples assim. Radade, o panaca, empurrou goela abaixo de seus munícipes otários alguns baldes de tinta vermelha superfaturada como se fossem ciclovias – as mais caras do mundo – do arco da velha de um futuro incerto e pilantra. Já no Rio, a ciclovia mal construída acaba de mostrar a que veio e quanto são irresponsáveis os seus idealizadores e construtores.
O Brasil está inexoravelmente condenado. Suas obras de fachada, cuja vida útil deveria durar ao menos um mandato, nem isso duram. Caem como moscas mortas enfiadas no dejeto. Ao me deparar hoje com a cena da ciclovia destruída, logo lembrei daquela foto fatídica, onde três patetas se preparavam para dar umas pedaladinhas inocentes em volta da lagoa, antes da eleição que os pulverizariam. E logo me lembrei do quanto custa fazer este proselitismo barato, que começa com ciclovias superfaturadas e termina com o déspota de plantão proibindo o uso de secadores de cabelo e sugerindo aos famélicos que criem galinhas em seus apartamentos.
Contratos de leniência nunca me enganaram. Lenientes, coniventes, convenientes e convincentes, num país onde a idiotia campeia solta em todos os matizes.
Vai indo, Brasil. Vai pela ciclovia. Pedala pro abismo, otário.
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