Cozinhe o frango em fogo brando, em água e sal. Deixe esfriar, desfie e refogue com temperos a gosto: alho, cebola, paciência e saco. Sirva com molho à base de caldo de galinha e duas colheres de raspas de queijos podres de nomes estrangeiros repletos de consoantes.
O leitor pode pensar: que coisa esquisita... o cara virou chef de cozinha? Respondo: não, nada disso, é que, dia desses, fui jantar com um amigo que aniversariava e fiquei impressionado com o prato que fui obrigado a comer, por imposição do chef, que não aceitava sugestão dos convidados. Só ele sabe, ou diz saber, o que é bom para todo mundo que come...
O leitor pode pensar: que coisa esquisita... o cara virou chef de cozinha? Respondo: não, nada disso, é que, dia desses, fui jantar com um amigo que aniversariava e fiquei impressionado com o prato que fui obrigado a comer, por imposição do chef, que não aceitava sugestão dos convidados. Só ele sabe, ou diz saber, o que é bom para todo mundo que come...
Se o saudoso e querido mestre Kafunga vivo fosse, diria, diante do que anda acontecendo neste país de cotas, pedaladas, ladrões de casaca e de moluscos e peixes-boi, que o mundo está próximo de “despingolar” no universo sideral... Não bastasse a inquietação causada pelo terror internacional, a mudança de costumes que querem nos impingir é verdadeiramente preocupante.
Como é de meu hábito, logo ao acordar, me lavo do “mingau das almas” e tomo café com o jornal aberto. A manchete diz: “Lewandowski pede paciência”. Pensei que se tratava de declaração do jogador de futebol alemão de mesmo nome, do Bayern de Munique, depois de levar umas botinadas. Mas a notícia se referia ao nosso (não tanto meu) Lewandowski, presidente do Supremo Tribunal Federal, um brasileiro com nome de estrangeiro, saído da Justiça trabalhista do ABC Paulista por indicação do rábula ex-Luiz. Tomei um baita susto: de que reclama o ilustre jurista? Diz ele: “Estes três anos (após um eventual golpe institucional) poderiam cobrar preço de uma volta ao passado tenebroso de 30 anos. Devemos ir devagar com o andor, no sentido de que as instituições estão reagindo bem e não se deixando contaminar por uma cortina de fumaça que está sendo lançada nos olhos de muitos brasileiros”.
O quase gringo fala metaforicamente em “cortina de fumaça” para justificar uma crise política que considera eivada de artificialismo. Até parece a Dona Dilma falando, da cátedra, sobre terrorismo...
Como sou do tempo em que os juízes de direito só falavam nos autos do processo, e nem sequer revelavam para qual time torciam, eu só podia mesmo tomar o susto que tomei com a revelação de tão insigne personalidade, falando uma linguagem própria daqueles “embarcados” que elogiam o comandante do barco na iminência do naufrágio.
Como eu me pelo (do verbo pelar, esclareço, já que acabaram até com os acentos ortográficos) de medo quando percebo que autoridades da Justiça e, “in casu”, principalmente, um ministro do Supremo falam de políticas partidárias em manifestações de agrado aos sempre correligionários, fiquei pensando com meus botões: meu Deus, que tempos vivemos...
Continuando assim, já, já, estaremos comendo, por ordem de qualquer chef, esse inefável supremo de frango. Ó tempos, ó costumes!
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