terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Neoliberalismo à moda petista quebrou nossa economia

O atoleiro da atual gigantesca corrupção, nunca antes ocorrida na história do país, não tem nada a ver com regime comunista. Isso é uma falácia monumental. O PT jamais em tempo algum navegou no sistema comunista. Todas as suas políticas foram inseridas nas normas do regime capitalista. Até o Bolsa-Família, que muitos colocam na conta do PT, na realidade surgiu no governo de Fernando Henrique como Bolsa-Escola, no entanto o PT ampliou e sabemos que o intuito verdadeiro se insere na questão do marketing eleitoral.

As elites nacionais só pensam nos seus feudos e nos lucros de suas empresas. Os brasileiros, principalmente os pobres recebem muito pouco da riqueza do país. O exemplo mais cabal está na qualidade das escolas, nos equipamentos a disposição dos alunos e no vil salário dos professores. Os militares da “Revolução de 64” desestabilizaram a escola pública, que era de melhor qualidade. Depois da queda de Jango, criaram a monstruosa Reforma da Educação, então tudo piorou a partir de então.




O PT não mudou uma vírgula nas políticas neoliberais de FHC, notadamente o processo de privatização tocado por Lula e Dilma na infraestrutura. E montou o aparelhamento da máquina pública, em que os cargos de maior capilaridade da máquina estatal são ocupados pela coalizão dos partidos da base aliada, e os principais são ocupados pelo PMDB, como na sistemática adotada pelo governo FHC.

Os fatos horrendos vindos a tona desde o mensalão atingem o âmago do sistema e o PT não é o único culpado, pelo contrário, o partido capitulou para manter o poder. O castigo que o sistema agora impõe ao PT está bem claro na prisão de seus dirigentes, enquanto próceres do PMDB por exemplo não chegam aos cárceres com a velocidade que é atingido o Partido dos Trabalhadores. Basta lembrar o escândalo dos trens em São Paulo, Estado governado pelos tucanos, onde ninguém ainda foi preso, por que será?

Bem, O PT perdeu sua grande oportunidade de ser a referência na política, de fazer a diferença, de ajudar o país no caminho de sua grandeza. A sigla se apequenou nos acordos com seus maiores inimigos para simplesmente manter o poder nas quatro eleições disputadas. Seria melhor para os trabalhadores e para o PT a firmeza de propósitos sob o risco de perder a eleição para o concorrente do que amargar o desprezo e a perplexidade dos seus eleitores com suas vísceras expostas em cada prisão de seus políticos com mandato, tesoureiros e empresários amigos.

A eleição de 2016 vislumbra-se como um retrato na parede, em relação ao distante ano de 2002, momento passado difícil de se repetir no futuro. O líder Lula deve estar sofrendo muito neste momento e foi importante viver para constatar os erros, mas infelizmente parece não haver qualquer conserto. A experiência não servirá pelo menos para ele de nada, pois não há mais tempo para recuperação, e isso é o pior que pode acontecer para o ser humano, que é perceber a inutilidade de recuperar o tempo perdido, mudar e seguir em frente.

Quem perde nessa confusão toda? O povo brasileiro. O povo que não está preocupado se A ou B é comunista ou capitalista, de centro ou de direita. O povo quer é uma esperança de vida melhor, de dignidade, de emprego, de escola boa para seus filhos, de hospitais em condições de atendê-los, de segurança para o ir e vir, em transporte eficiente. Infelizmente, o PT não foi capaz de prover essas condições. Agora, não tenho nenhuma esperança, zero de admissibilidade, em relação ao próximo partido que comandará a nação no ocaso do PT. Todos os candidatos a presidente são conhecidos e não precisa nem dizer que são, pois, além do mais, um país que necessita de líderes messiânicos fica indelevelmente condenado à derrota no cenário de competição entre as nações do globo.

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