sábado, 19 de dezembro de 2015

Com Levy, o Brasil estava à beira do abismo; com Barbosa, daremos dois passos adiante


A queda de Levy foi a crônica de uma morte anunciada em dois episódios protagonizados por lideranças petistas. Todas inimigas do chamado “capitalismo internacional”.

Lembremos: em 11 de junho passado trinta e cinco dos 63 deputados federais petistas assinaram o texto “Mudar o PT para continuar mudando o Brasil”, inscrito no 5º Congresso Nacional do PT pela corrente Mensagem ao Partido. O texto propunha mudança na política de alianças do PT, criticava o ajuste fiscal proposto pela equipe econômica do governo Dilma, liderada pelo ministro Joaquim Levy. Entre esses 13 pontos constavam dois interessantes. O ponto dois estabelecia:

“Posicionar o PT por uma mudança na orientação geral da política econômica, com a implementação de estratégias para a retomada do crescimento, para a defesa do emprego, do salário e demais direitos dos trabalhadores, que permitam a ampliação das políticas sociais”.

O ponto 12 dizia o seguinte:

“Defender a ação comum internacional dos movimentos políticos e sociais anti-neoliberais, e em especial dos partidos e movimentos de perspectiva socialista. Aprofundar a construção da unidade sulamericana e na America Latina como espaços de equidade do desenvolvimento e das relações internacionais alternativos ao imperialismo. Prosseguir os esforços na área dos Brics para alterar a correlação de forças face ao neoliberalismo”.

Em 20 de novembro passado, o 3º Congresso Nacional da Juventude do PT foi marcado pela plateia, formada por militantes jovens do partido, que entoava gritos “fora, Levy”.

Por que tanto odio contra Levy em dois conclaves petistas?

Levy defendia o corte de gastos.

Nelson Barbosa é o contrário: propõe o aumento de gastos para catapultar a economia. Com o diapasão de Barbosa o Brasil fechará 2015 com déficit de 119,9 bilhões de reais.

O que quer dizer “aumento de gastos”, sob Barbosa, sob o PT? Quer dizer aumento de clientelismo político e compra de apoio social com distribuição farta de mamatas do estado.

Levy representava o capital: Barbosa é o evangelista do estado permissivo.

Com Levy o Brasil estava a beira do abismo: com Barbosa, daremos dois passos adiante…

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