sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Por que as esquerdas preferem o Estado à caridade privada?

Pessoas que apoiam o Estado de bem-estar social gostam de acusar qualquer pessoa em oposição a este sistema cruel e ganancioso, apontando virulentamente o dedo para sua conduta pessoal. No entanto, ainda não encontrei um único estatista, de esquerda, socialista, que seja voluntário, faça doações para a caridade, ou ajude os pobres de alguma forma. Claro que pode haver pessoas de esquerda que façam doações, que ajudem o próximo, mas realmente, eu poderia dizer que não são muitas. Ao menos, aos que eu conheço e lhes faço perguntas, no início, eles olham estupefatos, como se esta questão não tivesse nada a ver com o nosso debate político. Em seguida, eles admitem que não o fazem e para justificar, alegam que eles não precisam, porque eles pagam impostos para isso. Programas de bem-estar social do governo parecem fazer uma coisa boa; eles dão às pessoas não-caridosas uma maneira de não se sentirem mal sobre isso.

A crença de que os menos afortunados pereceriam sem assistência do governo tem permeado nossa sociedade até o osso. Curiosamente, as pessoas que perpetuam essa propaganda são as mesmas pessoas que nunca ajudam ninguém. Essas pessoas não conseguem aceitar que indivíduos sejam caridosos porque elas próprias não são caridosas. Elas querem que o governo tome essa responsabilidade moral de suas mãos; elas não querem ter nada a ver com as classes mais baixas, elas as querem fora de vista e fora da mente.

As pessoas baseiam as ações dos outros em suas próprias ações. A traição do marido ou esposa faz com que sempre desconfie de seu cônjuge. Uma pessoa que alega que ninguém iria ajudar os pobres afirma isso porque sabe que, pessoalmente, não o faria, portanto, assume que os outros também não farão. Eu acredito no oposto. Eu faço voluntariado, então eu creio na caridade dos outros. Nem esta minha opinião poderia ser dita como correta; algumas pessoas iriam ajudar os pobres e algumas não. A verdadeira questão é: haveria pessoas suficientes para ajudar? Vamos olhar para a história e as estatísticas.

Antes da maioria dos tipos de assistência do Estado, foram utilizadas maneiras mais diretas de ajudar as pessoas. Prontos-socorros, hospitais e casas fraternas, o bom e velho amor ao próximo, era tocado por bairros inteiros. “Durante o século XIX e início do século XX, mais americanos pertenciam a sociedades fraternais do que a qualquer outro tipo de associação voluntária, com a possível exceção de igrejas”, escreve David T. Beito, autor de “De Ajuda Mútua para o Estado do Bem-Estar: Sociedades Fraternais e Serviços Sociais, 1890-1967”. Essas sociedades administravam lares para idosos, orfanatos, hospitais e outros serviços sociais sem a ajuda do governo. Hospitais como os Cavaleiros e Filhas de Tabor em Mississippi, trataram principalmente das classes mais baixas, como os imigrantes e meeiros por meros US $ 30 por ano. As pessoas certamente não eram deixadas para morrer nas ruas. Eventualmente, o governo decidiu impor inúmeras regras e regulamentos, tornando tudo isto de boa vontade ilegal. Aqui no Brasil não foi diferente, aliás, não é. Existem muitos asilos, orfanatos, etc construídos por institutos kardecistas e várias ONGs que até hoje sobrevivem apenas de doações.

Atualmente, os Estados Unidos são a nação mais voluntária na terra, com a China sendo uma das menos caridosas. Quase 50% dos americanos deram o seu tempo para ajudar os necessitados. Quem são eles? Eles não são os ricos, eles não são corporações ou políticos, e eles certamente não são de esquerda. A faixa demográfica mais caridosa está abaixo da classe média; eles nem sequer ganham o suficiente para ser elegíveis para um retorno de imposto sobre as doações. Famílias de direita doam mais tempo e dinheiro, em seguida, a esquerda e famílias de moderados. É interessante que as pessoas que apoiam o espectro político, pelo qual a redistribuição forçada da riqueza não é recomendada, também são mais caridosas.

O fato é que as pessoas se preocupam com o outro. O governo – e os meios de comunicação que ele alimenta – ama perpetuar a noção hobbesiana de que os seres humanos estão em um estado perpétuo de guerra. Não são as pessoas, mas os seus governos que fazem a guerra. Existem sim pessoas más, mas elas teriam dificuldade de poder de retenção sem o Estado como seu navio. Não podemos esquecer que a maioria das guerras é iniciada e realizada pelos governos. Como podemos esperar que a força responsável por estas atrocidades ajude as classes menos favorecidas?

A meta do governo é crescer e aumentar o seu poder; ele não pode fazer isso com uma população autossuficiente, unida, que confia em si. Ele quer que a gente pense que somos egoístas, gananciosos, e que precisamos ser salvos de nós mesmos e uns dos outros. Uma grande classe dependente alimenta o governo, que mantém os impostos elevados, e garante que os pobres continuem pobres. Eu gostaria de ver o governo nos deixar em paz e sermos humanos; não precisamos levar a referência moral de um sistema que mata mais pessoas do que as salva.

Você pode acreditar que as pessoas são basicamente más, ou que o governo faz o possível e quer nos ver prosperar, mas a verdade é que a política de bem-estar social não tem funcionado. Desde a introdução de bem-estar social pós-Segunda Guerra, a pobreza aumentou. Em vez de dar às pessoas uma maneira de sair, ela as mantém presas. O Estado de bem-estar social cria uma subclasse dependente permanente, eliminando incentivos capitalistas para a produtividade.; paga as pessoas para serem improdutivas.

Julianny Rodrigues

2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. A Julianny Rodrigues não conhece o grande apoio social dos países desenvolvidos à sua população desfavorecida, principalmente os estados europeus.
    Neste Brasil, o Bolsa Família serve unicamente para votar, mas isso é um erro de gestão política que se está perpetuando neste país.

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