sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Bloqueios do MST em estradas aumentaram 130%, mas só é crime bloqueio de caminhoneiro

Dia 24 de outubro passado a greve dos bancários se encerrou após 22 dias de braços cruzados. Levaram 10% de aumento em salários e benefícios.

Transamazônica: bloqueio provocado pela lama governamental
No ano passado, os bancários fizeram uma greve entre 30 de setembro e 06 de outubro. Os trabalhadores pediam em reivindicação inicial reajuste salarial de 12,5%, além de piso salarial de R$ 2.979,25, PLR de três salários mais parcela adicional de R$ 6.247 e 14º salário.

A categoria também pedia aumento nos valores de benefícios como vale-refeição, auxílio-creche, gratificação de caixa, entre outros. A greve foi encerrada após proposta da Fenaban de reajuste de 8,5% nos salários e demais verbas salariais, de 9% nos pisos e 12,2% no vale-refeição.

Em 2013, os trabalhadores do setor promoveram uma greve de 23 dias, que foi encerrada após os bancos oferecerem reajuste de 8%, com ganho real de 1,82%. A duração da greve na época fez a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) pedir um acordo para o fim da paralisação, temendo perdas de até 30% nas vendas do varejo do início de outubro.

Em 7 de abril passado meia dúzia de grandes cidades do Brasil tiveram suas vias e rodovias entupidas por atos promovidos pela CUT (Central Única dos Trabalhadores), o MST e a UNE —amotinados contra o projeto de lei 4330, aquele que mudava as regras de terceirização.

Dados do Ministério do Desenvolvimento agrário atestam: em 2014 o MST promoveu 62 bloqueios de estradas. Só no primeiro semestre de 2015, registraram-se 81 bloqueios de estrada tocados pelo MST. Ou seja: o bloqueio de estradas tocado pelo MST teve aumento de 130% em apenas seis meses.

Agora trecho extraído da Folha de S. Paulo, de dez de agosto passado:

“A presidente Dilma Rousseff se reunirá nesta semana com movimentos de esquerda para tentar mostrar respaldo social em uma ofensiva contra as manifestações antigoverno marcadas para o dia 16 de agosto.

Para o governo, é importante sinalizar que Dilma não está isolada, apesar do recrudescimento da crise política”.

Diz algo, não?

Comparemos: Dilma baixou ontem medida provisória fixando multa de RS$ 19.154 para quem organizar bloqueios de caminhoneiros. No caso de reincidência, o ceitil sobe para RS$ 38.308. Disse Dilma: “Atrapalhar a economia popular e paralisar o abastecimento de uma cidade é crime”.

Hmmmmm… Diz algo também, não?

Chico Buarque, octagenário nato e fundador do PT, sabe que sob seu partido pau que bate em Chico não bate em Francisco.

Vi velhotas desmaiando em filas de banco, nas tevês, nas greves dos bancários dos últimos 3 anos. Estavam sem dinheiro para pagar os remédios. Vi ambulâncias sendo obstadas pelo MST, pela UNE, pela CUT, pelo diabo.

Mas, para Dilma, tudo o que vem dos bancários (e demais sindicatos barra entidades barra centrais, a quem o governo irriga com apoio político barra financeiro) não é crime contra a economia popular.

Quando as operações da “PF Republicana “ de Lula atingiam seus inimigos, ele esfregava as mãos, junto com o detento Zé Dirceu.

Quando, agora, num revés cármico, a PF atocaia os filhos de Lula e seus asseclas, temos, na ótica absconsa do governo federal, atentados contra o direito de defesa.

Até as crianças já entenderam a ótica do PT: o velho e repassado adágio avoengo: no dos outros não arde…

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