Para fazer frente a momento tão grave, a presidente exige de seu ministro da Fazenda que saia por aí tocando o bumbo, como se fosse um animador de torcida. Isso não basta. É muito pouco para tirar o Brasil do atoleiro no qual o governo Dilma Rousseff nos submergiu.
É preciso muito mais. É preciso um novo rumo, uma nova agenda econômica, capaz de fazer o país a deixar para trás o rame-rame em que vive, onde a recessão e os juros altos provocam a queda da receita da União, o aumento do desemprego, da inflação e da dívida pública. E que, por sua vez, desembocam em mais recessão, mais queda da receita pública e assim sucessivamente.
Um dos grandes erros de Levy foi se deixar aprisionar por este círculo vicioso, além de não ter tido forças para resistir às incursões de Dilma e seus luas pretas desenvolvimentistas.
Diante do esgarçamento do ministro e do esgotamento de seu ajuste fiscal, o Brasil se depara diante de duas alternativas. A primeira é a de Lula emplacar uma solução tipo trocar seis por meia dúzia, com a nomeação de um nome mais palatável ao mundo dos negócios. Seria mais do mesmo, com a diferença de representar uma espécie de café requentado. Na cabeça do ex-presidente a crise atual seria enfrentada tal qual a de 2009, com políticas anticíclicas, tipo injeção no crédito, incentivo ao consumo, direcionamento estatal.
O caminho proposto por Lula não é possível mais, já deu o que tinha de dar. Ele tinha por base o boom das commodities e seu prolongamento até 2014 foi o grande responsável pela catástrofe dos dias atuais. De onde sairia o dinheiro para injetar no crédito, preconizado por Lula? Do Tesouro? Sem chances. Isso só precipitaria mais ainda o advento do caos anunciado.
Há alternativa ao abismo: a retomada da agenda das reformas econômicas.
Diante do esgarçamento do ministro e do esgotamento de seu ajuste fiscal, o Brasil se depara diante de duas alternativas. A primeira é a de Lula emplacar uma solução tipo trocar seis por meia dúzia, com a nomeação de um nome mais palatável ao mundo dos negócios. Seria mais do mesmo, com a diferença de representar uma espécie de café requentado. Na cabeça do ex-presidente a crise atual seria enfrentada tal qual a de 2009, com políticas anticíclicas, tipo injeção no crédito, incentivo ao consumo, direcionamento estatal.
O caminho proposto por Lula não é possível mais, já deu o que tinha de dar. Ele tinha por base o boom das commodities e seu prolongamento até 2014 foi o grande responsável pela catástrofe dos dias atuais. De onde sairia o dinheiro para injetar no crédito, preconizado por Lula? Do Tesouro? Sem chances. Isso só precipitaria mais ainda o advento do caos anunciado.
Há alternativa ao abismo: a retomada da agenda das reformas econômicas.
O grande pecado do governo Lula foi não ter se aproveitado da conjuntura internacional favorável para levar adiante as reformas iniciadas no governo FHC. Perde-se, assim, uma oportunidade de ouro de avançar na modernização do Estado e na conquista do crescimento sustentado. Em vez disso, retrocessos e mais engessamento, como aconteceu na área do pré-sal.
Com a crise, a agenda das reformas volta à ordem do dia, de onde não deveria ter saído. Não há meio termo. Ou ela se materializa, ou o caos previsto por Armínio Fraga se concretizará.
O país não pode ter mais um orçamento que não cabe no PIB. A desvinculação orçamentária total, o desengessamento da lei do Salário Mínimo, a desindexação dos salários e benefícios da Previdência, a definição de idade mínima para a aposentadoria, passam a ser impositivos da realidade, como, positivamente, aponta a Fundação Ulysses Guimarães, do PMDB.
Não se trata de nomes, mas de projetos, de bloco de forças diferentes.
A reforma necessária contraria interesses corporativistas e patrimonialistas incrustados no Estado. Interesses que, aliados ao capitalismo parasitário, foram perpetuados nos governos lulopetistas. Continuam intocáveis em suas casamatas no governo Dilma e daí não serão desalojados, seja quem for o ministro da Fazenda.
Para explodir os bunkers do atraso se faz necessário a construção de um novo bloco capaz de levar adiante as reformas, pelas vias democráticas. Por esse caminho, haveremos de superar a desesperança. Quem disse que o caos é inevitável?
Hubert Alquéres
Com a crise, a agenda das reformas volta à ordem do dia, de onde não deveria ter saído. Não há meio termo. Ou ela se materializa, ou o caos previsto por Armínio Fraga se concretizará.
O país não pode ter mais um orçamento que não cabe no PIB. A desvinculação orçamentária total, o desengessamento da lei do Salário Mínimo, a desindexação dos salários e benefícios da Previdência, a definição de idade mínima para a aposentadoria, passam a ser impositivos da realidade, como, positivamente, aponta a Fundação Ulysses Guimarães, do PMDB.
Não se trata de nomes, mas de projetos, de bloco de forças diferentes.
A reforma necessária contraria interesses corporativistas e patrimonialistas incrustados no Estado. Interesses que, aliados ao capitalismo parasitário, foram perpetuados nos governos lulopetistas. Continuam intocáveis em suas casamatas no governo Dilma e daí não serão desalojados, seja quem for o ministro da Fazenda.
Para explodir os bunkers do atraso se faz necessário a construção de um novo bloco capaz de levar adiante as reformas, pelas vias democráticas. Por esse caminho, haveremos de superar a desesperança. Quem disse que o caos é inevitável?
Hubert Alquéres
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