O renomado fotógrafo Sebastião Salgado já clicou mundo afora uma infinidade de tragédias, mas foi na sua terra natal que presenciou um dos espetáculos mais terríveis da sua vida: a morte do Rio Doce, o rio da sua infância. Natural de Aimorés, cidade do leste de Minas, afetada pelo rompimento das barragens da Samarco, ele tenta agora mobilizar as autoridades para criar um fundo de investimento para a recuperação da bacia. A proposta já foi entregue à presidenta Dilma Rousseff que afirmou que lutará por essa bandeira. Desde o fim dos anos 90, o fotógrafo mantém na região o Instituto Terra, uma ONG Ambiental, que toca projetos de recuperação do Rio Doce e tem, inclusive, parceria com a mineradora Vale, uma das proprietárias da Samarco. Inicialmente a ideia de Salgado é conseguir o dinheiro necessário para colocar em prática a proposta de recuperar as 377.000 nascentes da bacia. Um projeto de longo prazo, que deve gerar frutos apenas daqui a duas ou três décadas. "Hoje é muito mais importante eu lutar por esse fundo que fazer fotos".
Leia a entrevista de Sebastião Salgado
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