Já se passou mais de meio ano, estamos em meados de setembro, e a incompetência segue reinando absoluta, enquanto os ponteiros da bomba-relógio da dívida giram cada vez mais rapidamente.
Qualquer pessoa medianamente instruída nota que a presidente Dilma não sabe administrar nem conhece nada de Economia, embora se jactasse de um “doutorado” em Campinas que jamais existiu, pois nem mestrado fez. Sua dificuldade em desenvolver raciocínios exige rigoroso tratamento médico e psicológico, mas ela não se submete a terapia, prefere fazer dieta e pedalar.
O que causa surpresa é o fracasso completo de Aloizio Mercadante, que funciona no Planalto como uma espécie de Rasputin em nova versão. Economista de renome, embora seu doutorado tenha sido bastante controverso, ostenta um belo currículo e chegou a trabalhar com Henrique Meirelles no Banco de Boston. Aliás, foi Mercadante quem apresentou Lula e Meirelles, para assumir o Banco Central e acalmar o mercado.
Antes disso, tinha sido um deputado muito atuante, com belos discursos contra a política econômica de FHC. Em 2002, elegeu-se ao Senado e foi líder do Governo no primeiro mandato de Lula, que não lhe ofereceu lugar no ministério.
Mas esse excelente currículo de Mercadante não serviu para nada. Como homem-forte do governo, revela um despreparo só comparável à incompetência da própria Dilma, com a qual ele forma uma dupla do tipo Debi e Lóide, que está levando o Brasil à loucura.
Nesta terça-feira, após mais uma reunião da coordenação política do governo, o ministro Ricardo Berzoini (Comunicações) foi o porta-voz e disse que programas de transferência de renda, como o Bolsa Família, serão “absolutamente preservados”, mas aqueles com investimentos físicos, como educação, saúde e habitação (Minha Casa, Minha Vida), terão que passar por um realinhamento.
Ficou patente que o governo não sabe o que cortar, porque ao mesmo tempo o ministro da Fazenda Joaquim Levy dizia que poderia aumentar o Imposto de Renda e o vice-presidente Michel Temer falava em elevar a CIDE (contribuição sobre combustíveis), possibilidade também aventada por Levy.
Quanto a cortar os cargos comissionados, os cartões corporativos, o Fundo Partidário, o festival das ONGs e outras despesas injustificáveis, nem pensar.
Tradução simultânea: o povo fica batendo panelas, enquanto o governo bate cabeças.
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