A política é uma ciência para profissionais, portanto, os amadores se surpreendem a todo momento com as artimanhas dos políticos. Temer é um profissional e com a vantagem de conhecer o Congresso como ninguém. O vice-presidente bebeu na fonte limpa de Ulysses Guimarães, este sim um verdadeiro político com P maiúsculo.
O político profissional não conhece a palavra fidelidade. A lealdade ocorre até o momento em que o céu se torna nublado, sujeito a chuvas e trovoadas.
Realmente, a economia resume tudo na sociedade, quando “ela” vai bem os governos navegam em mar de almirante. Quando a economia vai mal, o desemprego desponta no horizonte das famílias, desesperando os eleitores e o arco da sociedade. Consequentemente, a popularidade do governo e dos governantes cresce igual ao rabo do cavalo.
Este é o cenário atual do Brasil, ou seja, um travamento da atividade econômica. As concessionárias de automóveis não estão vendendo quase nada, porém, os preços dos automóveis continuam nas alturas, na contramão do capitalismo e da lei da oferta e da procura. Os supermercados permanecem vazios e observamos todos os dias as caixas de supermercados sem filas. Podemos agora escolher a caixa de preferência, tal a falta de compradores, mesmo nos primeiros dias do mês.
O humor do carioca está por um fio, por qualquer coisa querem briga, no ônibus, no BRT, no trânsito e também nos supermercados. O mar não está para peixe.
Voltando ao tema principal, o PMDB não é um partido fiel. A legenda presidida por Ulysses Guimarães, o Sr.Diretas, na verdade só obedecia a um Senhor, o eleitor. Depois vem a briga por um naco do poder, lógico, para assim sustentar a máquina partidária. Na oposição, fica-se a pão e água, perdendo a capilaridade para crescer nas próximas eleições. Este é o drama para 2016 e 2018. Continuar apoiando o PT, lançar candidatura própria ou se inscrever como segundo do PSDB.
O que fazer com diante dessa encruzilhada política? Para começar, a leitura do livro “Angústia”, de Graciliano Ramos. Depois a ficha cai.
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