sábado, 2 de maio de 2015

Palavras ao vento

Resultado de imagem para fhc ao vento chargeO ex-presidente FHC (1995-2003), mestre dos mestres, o ser mais sábio sobre a face do planeta, a quem todos chamam carinhosamente “Boca de Tuba”, é tido e havido como espécie tupiniquim de Fernando Lugo, aquele ex-presidente paraguaio que, enquanto bispo da Igreja Católica, tentou povoar o país guarani com filhos bastardos nascidos em várias partes do território. Os dois são dignos referenciais de moralidade!

A sacristia da Igreja do bispo correspondia ao gabinete senatorial de FHC, ao se falar em ponto de encontros amorosos “fora da agenda oficial”. Afirma-se que, ainda hoje, existem suspeitas sobre a paternidade de várias crianças do vizinho país, atribuídas ao bispo. No Brasil, FHC aceitou oficialmente apenas um (que logo se apressou em dizer que o teste de DNA negou), “esquecendo” um segundo filho nascido da cozinheira do então senador paraibano Ney Suassuna (PMDB).


Perito na arte da reprodução humana, FHC, a quem Millôr Fernandes dizia estar muito acima de Phd, tem se dedicado nos últimos dias a realizar acordos e conchavos condenáveis. Ele quer, digamos, “ajustar” dificuldades que possam surgir no caminho do seu partido, o PSDB, possíveis sequelas da grande roubalheira denunciada e nunca apurada no período em que sua ex-excelência desfrutava vantagens oferecidas pela piscina do Palácio da Alvorada e pelo helicóptero da Presidência da República.

Foi assim que na última quarta-feira (29), FHC compareceu a jantar com João Dória Júnior (que em época áurea montou um site em que dizia “cansei”, fazendo “oposição” ao governo da ladroagem petista), ao lado do dono de uma das empreiteiras envolvidas no roubo da Petrobras, Marcelo Odebrecht, ocasião em que o amadíssimo Boca de Tuba declarou:

“-Vivemos um momento de desesperança no Brasil e isso não pode ocorrer. Não podemos conviver com falta de esperança e tristeza. Tecnicamente, sabemos o que é preciso fazer, e está sendo feito.”

A afirmação, veiculada na página d’O Antagonista, foi dita no mesmo dia em que o ministro do STF, Teori Zavascki, relator do processo conhecido como petrolão, aproveitou o fato de os advogados de Ricardo Pessoa (dono da UTC), solicitarem habeas corpus para seu cliente, e liberou por sua conta mais oito implicados na roubalheira, prestes a fazer acordo de delação premiada com a Justiça do Paraná.

Essa arrumação dentro da Justiça vem sendo anunciada desde o dia em que o ministro Dias Toffoli aceitou a “ideia” de Gilmar Mendes e solicitou transferência para a Segunda Turma da Corte que irá julgar futuras ações penais da Lava Jato (que investiga desvio de recursos na Petrobras.). Ô Turma boa! Toffoli, ex-advogado do PT e reprovado em dois concursos para juiz de primeira instância, foi colocado na mais alta Corte do país pelo assaltante dos cofres públicos Lula da Silva, o Lularápio.

FHC, que no seu governo foi acusado de tudo e mais alguma coisa, passou o primeiro mandato “lutando” para aprovar (e aprovou) a emenda constitucional da reeleição, sendo denunciado por vários deputados pelo fato de ter comprado cada voto de aprovação por cerca de R$ 200 mil. À época, vários deputados federais do Acre prestaram depoimento e apresentaram provas. Deu em nada!

Ultimamente, FHC tem se empenhado ao máximo em abafar a ideia que surgiu dentro da cabeça oca de alguns de seus liderados, pedindo o impeachment da cúmplice da roubalheira na Petrobras, Dilma Roussef, a mulher mais ignorante, semialfabetizada e estúpida que aportou no Palácio do Planalto.

O filósofo alemão Hegel disse que “A História nos ensina que a História não nos ensina nada.” O mundo é mesmo muito chato. As pessoas só aprendem na violência.
Márcio Accioly

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