segunda-feira, 4 de maio de 2015

O dia da liberdade

Como alguém que vende um bom sapato acaba por se estabelecer, o editor que vende uma boa notícia avança na preferência dos leitores.
Embora os recursos digitais permitam a qualquer um se comunicar com o mundo, e isso é espetacularmente fantástico, as versões fraudadas se inflacionaram, se sofisticaram, passaram a ser “negócio”, pressionadas pelo interesse econômico e político. Os partidos se renderam. Ao mesmo tempo em que denunciam as mazelas dos outros, aumentam a dose caseira.
No meio desse clima, a imprensa independente é vista como uma ameaça. Incomoda a quem governa e abusa. O poder político que tenta desqualificar a boa mídia é uma praga. Desloca verbas que deveria aplicar impessoalmente para quem faz seus interesses. Tenta-se, assim, asfixiar a informação correta.
Há muita coisa que os arqueólogos encontrarão nos episódios atuais e que imporão reescrever a história desta época.
Aparecerá entre os entulhos como a liberdade de imprensa custou caro. E como nossos jornais sobreviveram pelo apoio de seus leitores num pacto de confiabilidade, seu maior patrimônio.
Vittorio Medioli

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