Em pleno século XXI, o Brasil sai na vanguarda mundial e inova, como adoram os petistas. Passa-se a conviver com a hidra de quatro cabeças governantes, mas efetivamente apenas uma eleita democraticamente.
Qualquer estrangeiro fica estarrecido, porque ninguém tem tanta gente governando um país. E como a lambança teria que ser maior ainda cada uma fica de um lado.
A economia está sob o comando do ministro Joaquim Levy, a cabeça que está mandando no país quando se tratar do assunto. É aquele que cobra escanteiro, discuntindo cada medida e articulando com o Congresso, e vai para a área cabecear junto à população e ainda agarra no gol, defendendo a posição do governo. É o próprio multiministro.
Com o congelamento do aloprado Mercadante, da Casa Civil, e a saída de Pepe "Legal" Vargas, da Articulação Política, a cabeça política ficou nas mãos de Temer, ou toda na mão do PMDB. Se não bastasse controlar a Câmara e o Senado ainda tem como articulador o presidente do partido. São três cabeças pensantes peemedebistas, independentes de Dilma, a cabeça supostamente reinante.
Em meio à salada, ainda surge a cereja. Lula, eminência parda, é a cabeça dos movimentos, das críticas às embrulhadas presidenciais, dos conselhos de como evitar conflitos, dos ataques destrambelhados a oposição e zelites, mas ainda assim gerador de muitas outras violências. Mais do que um assessor especialíssimo, também é o criador da criatura, agora espumando com a desmiolada.
Resta, enfim, a última cabeça do momento. A da governante, aquela eleita para governar o país dos brasileiros. Mas o que governa? Na economia, manda um; na política, três que nunca foram afinados com ela; na assessoria, o Flagelo de Garanhuns e uma imensidão de palpiteiros.
E os restantes 38 ministros estão num saco de gatos sem saber a quem responder. Obedecem às ordens econômicas de Levy, às políticas do triunvirato, às de Lula? As ordens de Dilma, a presidente, nem se pode obedecer, porque ninguém sabe quais são. A presidenta virou uma peça decorativa do Planalto, como os presidentes no parlamentarismo. Ficará sua atuação restrita a chás, inaugurações e destemperos.
Se a presidente não preside ou finge presidir, o que está fazendo no Planalto? Talvez modernizando ainda mais o novo modelo e se aplicando como o rei Céphas Bansah, de Hohoe, que governa seu reino através do Skype a 6 mil quilômetros em Gana?
Nem só a vaca foi pro brejo, a governança se afoga num mar de cabeças.
Nenhum comentário:
Postar um comentário