Abro a coluna de hoje com um conto milenar japonês, enviado pelo amigo Eduardo Nascimento, ele mesmo um bom colecionador de causos
"Em uma planície, viviam um urubu e um pavão. Um dia, o pavão começou expressar certa angústia :
- Sou a ave mais bonita do mundo animal, tenho uma plumagem colorida e exuberante, porém nem voar eu posso, de modo a mostrar a minha incomparável beleza. Feliz é o urubu que é livre para voar para onde o vento o levar.
O urubu, por sua vez, também refletia no alto de uma árvore :
- Que infeliz ave sou eu, a mais feia de todo o reino animal ; e ainda tenho que voar e ser visto por todos. Quem me dera ser belo e vistoso tal qual aquele pavão.
E aí as duas aves, pensando sobre suas conveniências e inconveniências, tiveram uma brilhante ideia : deveriam se juntar para realizar um cruzamento. O fruto que desse cruzamento surgiria seria uma ave esplendorosa, magnífica, um descendente que iria combinar o voo tão aerodinâmico do urubu com a graciosidade e elegância do pavão. Cruzaram-se. E daí nasceu o peru ! Que é feio pra cacete e não voa !
Moral da história, senhoras e senhores : se a coisa está ruim, não invente! Gambiarra só dá merda! Gaudêncio Torquato
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