sábado, 28 de fevereiro de 2015

Estado petista garante teúdas e manteúdas

A mulher de R$ 2,7 milhões do BB
O Brasil já foi de um conservadorismo provinciano. Os casos de teúdas e manteúdas ficavam lá pelos sertões, garantidas pelos coronéis com os ganhos de suas expensas dos latifúndios. Gasto pequeno. Não davam escândalo. Eram prato para fofoqueiras, únicas realmente atingidas pela falta de vergonha. Como dizia na época Ibrahim Sued, tudo se sabe em sociedade e, portanto, amante era um extra, fora do trabalho.

Quem diria que esse conservadorismo seria posto de vez na lata de lixo? Bastou o PT tomar o governo e até amante virou órgão do Estado, com direito a regalias, blindagem partidária e mesada com dinheiro público.

Rosemary Noronha, a toda poderosa secretária amiguinha de “Deus”, está incólume, envolvida em um processo que não dá um passo em sua condenação. É a mãozinha de “Deus”, salvando da punição a secretária que viajava como integrante do governo por todo o mundo e ainda “vendia” sua convivência diária com o soberano?

Agora o país convive com o caso de mais uma teúda e manteúda com dinheiro público. Val Marchiori (Valdirene Aparecida Marchiori, 40 anos) não só obteve empréstimo ilegal de R$ 2,7 milhões do Banco do Brasil, via BNDES, como ainda viajou com o “padrinho” Aldemir Bendine, então presidente do BB e atual presidente da Petrobras, em 2010, às custas do dinheiro público. Até em viagem oficial e mesmo hotel a socialite acompanhou o presidente.

Mais ainda Bendine até teria patrocinado programa de televisão para Val. Com dinheiro do Banco do Brasil? Não deveriam ser dele os R$ 350 mil, uma vez que tinha a chave dos cofres do banco por todo o país.

As “extras” estão pipocando com as revelações da cretinice com que os administradores públicos, indicados por partidos, cuidam do dinheiro do povo. E não se vê um movimento para acabar com a falta de vergonha, o desvio de dinheiro público para agradar as “senhoritas”.

Era 1961 o caso Profumo chocava toda gente, inclusive políticos com rabo preso aqui. Entre os britânicos a coisa ficou feia. A breve ligação sexual entre John Profumo, secretário da Guerra no governo conservador de Harold Macmillan, e Christine Keeler, uma futura modelo de 19 anos ocupou os jornais ingleses. Apesar das explicações no Parlamento, Profumo caiu e provocou a demissão do próprio primeiro-ministro, alegando problemas de saúde, em 1963. O escândalo ainda afetou o partido conservador nas eleições seguintes.

Isso aconteceu há 60 anos e derrubou um ministro inglês! Logicamente não derruba aqui nem sequer presidente de estatal no paraíso petista, nem a secretária poderosa. Neste Éden, abençoado por “Deus”, que se descobre enfim que é brasileiro e tem até carteira de identidade, tudo é muito melhor. Na administração pública, amante dos coronéis petistas ganhou status de coisa pública, mantida às custas do trabalho do contribuinte.

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